Cultura

Biblioteca pública paraense recebe doação de livros, DVDs, CDs e brinquedos

O espaço conta com espaço para leitura, fonoteca e brinquedoteca para crianças, tudo oferecido de forma gratuita

Brasil de Fato | Belém (PA) |

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Espaço aceita enciclopédias, gibis, livros, fitas VHS, cassetes, vinis, CDs e DVDs; doações abastecem acervo e instituições do interior
Espaço aceita enciclopédias, gibis, livros, fitas VHS, cassetes, vinis, CDs e DVDs; doações abastecem acervo e instituições do interior - Foto: Diogo Vianna

No início do ano, é comum que as pessoas façam uma lista de resoluções para o novo período e uma grande arrumação na casa. Dessa reorganização, algumas coisas podem parecer sem finalidade, como CDs, DVDs, livros e gibis. E o que fazer com esses objetos? Em Belém (PA), a Biblioteca Pública Arthur Vianna, também conhecida como Centur, recebe doações desses artigos. O que é doado ou é incluído no catálogo do próprio local ou é destinado para bibliotecas comunitárias da capital paraense e também de outros municípios do estado.

A escritora paraense Bruna Guerreiro, 41 anos, é uma dessas pessoas que percebeu que, depois de uma bela arrumação na casa, tinha um excesso de objetos que ela queria que fossem aproveitados por outra pessoa. Foi quando ela decidiu, junto com seu filho Carlos Guerreiro Pardo, de 5 anos, doar o que não lhes servia mais.

"Eu tinha em casa vários DVDs e CDs, mais do que livros. E como eu soube que o Centur tinha Fonoteca e área de audiovisual, imaginei que eles aceitariam doações lá. Nós telefonamos, e eles confirmaram e disseram onde nós deveríamos nos dirigir", conta.

As doações podem ser realizadas de segunda à sexta-feira, das 9h às 17h, na portaria do subsolo da Fundação Cultural do Estado do Pará - Biblioteca Arthur Vianna, localizada na Avenida Conselheiro Furtado, 1361, entre Quintino Bocaiúva e Travessa Rui Barbosa, em Belém. As entregas devem ser embaladas e identificadas com o nome, telefone ou e-mail do doador.

Carlos Guerreiro Pardo, de 5 anos, visitando pela primeira vez a biblioteca pública depois de ter doado livros, DVDs e CDs junto com a mãe, a escritora Bruna Guerreiro (Foto: Arquivo pessoal)

Além de tornar útil um objeto que estava esquecido na estante, Bruna relata que a biblioteca trabalha em parceria com outras instituições, o que também é um ato engrandecedor, principalmente por saber que há lugares no Pará em que o acesso à educação é mais difícil devido às distâncias geográficas. 

"Eu realmente recomendo que outras pessoas façam o mesmo. Fiquei bem impressionada com essa questão dos livros que eles passam para outras instituições do interior [do estado] que possam ter mais necessidade desse acervo do que eles. Eu gostei muito da experiência, fui muito bem recebida pelo funcionário que me atendeu", comenta. 

Outro ponto que a escritora gostou bastante foi sentir a valorização dos artistas do Pará pela instituição. "Eles dão prioridade para autores paraenses. Então, se você estiver procurando autores paraenses, vá na Biblioteca do Centur, porque ela é forte essa área. Eu, como autora paraense, levei nesse mesmo dia que estava levando doações exemplares dos meus livros, e ele [funcionário] disse que esses ficariam lá, na parte de autores paraenses", conta. 

O espaço conta com biblioteca, fonoteca e brinquedoteca para crianças, tudo oferecido de forma gratuita. No dia da doação, Bruna levou seu filho Carlos para conhecer o local e também brincar. "O meu filho gostou muito de ir lá. A gente falou que ele ia na biblioteca e foi a primeira vez que ele foi em uma biblioteca pública. Ele ajudou a carregar um pouquinho. Depois saímos desse departamento que recebe as doações para a brinquedoteca e a biblioteca infantil com ele e e ele adorou. O espaço lá está muito arrumado, muito bonito. Essa parte infantil está linda", diz.  

Socorro Baia, coordenadora da biblioteca, trabalha há 20 anos no local e explica que a maioria dos livros doados é de literatura. Ela também conta que um dos objetivos é sensibilizar para que mais pessoas doem livros para bibliotecas e possam ampliar o acesso da população a esses bens culturais. "É de muita valia para as pessoas que frequentam bibliotecas e querem diversos tipos de gêneros literários", ressalta. 

Edição: Vivian Fernandes