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Consumo de alimentos adequados pode contribuir com a fertilidade da mulher

Quanto mais natural, melhor

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12-02-20 - Mulher Grávida - Ignacio Campo Unsplash
Consumir alimentos ricos em certos nutrientes contribui com a produção de óvulos e espermatozoides saudáveis, segundo nutricionista - Ignacio Campo | Unsplash
Quanto mais natural, melhor

Se o seu desejo é ser mãe, saiba que uma alimentação adequada pode ajudar a equilibrar seu corpo para que esteja mais preparado para uma gravidez. Consumir alimentos ricos em certos nutrientes contribui com a produção de óvulos e espermatozoides saudáveis. Além disso, permite que o ciclo hormonal da mulher transcorra naturalmente. 

A explicação é da nutricionista Silvia Benvenutti, do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional. Ela afirma que os futuros pais também não devem ficar de fora. 

“O cardápio ideal para mulher e para o homem que quer engravidar é composto essencialmente de alimentos naturais. Quanto mais natural a alimentação, maior o potencial de nutrientes e maior o potencial de fertilidade”, diz a especialista.

A dica de Benvenutti é aumentar o consumo de fibras presentes em alimentos integrais. Ela também recomenda que as refeições sejam balanceadas, com variedade de proteínas encontradas na carne e no frango, assim como a ingestão de 5 a 8 porções de vegetais ao dia e de 2 a 4 frutas.

Mas, há alguns alimentos-chave que a nutricionista sempre indica em seus atendimentos por possuírem grande concentração de vitamina A, C, e E, que são essenciais para auxiliar o corpo da mulher para uma possível gestação e também durante a gravidez. 

São eles: abóbora, cenoura, batata doce, espinafre, couve, repolho, brócolis e couve-flor. Em relação às frutas, os destaques ficam para manga, mamão, kiwi, morango e melão. Esses alimentos, segundo a nutricionista, podem ser combinados com sementes e castanhas.

“Gosto muito de trabalhar com as sementinhas todos os dias. Colocando nas frutas semente de gergelim, de abóbora, de girassol e castanhas, na medida do possível, introduzir na alimentação. Colocar no arroz, na salada e comer nos lanchinhos também é muito importante”, sugere.  

Benvenutti acrescenta que, para alcançar o equilíbrio, é essencial “limpar o organismo” de alimentos processados e ultraprocessados. As gorduras saturadas e trans saturadas encontradas em alimentos industrializados também devem ser  evitadas e substituídas por outras. 

“No caso, aumentar o consumo de gordura natural, como azeite de oliva e outras gorduras. Se possível o óleo de semente de linhaça, que é muito bom, e as gorduras contidas nos peixes”.

O ginecologista Maurício Simões Abrão, diretor da Clínica Medicina da Mulher, ressalta outros aspectos que envolvem a saúde do gênero feminino e que também devem ser observados. 

“Há outras questões que devem ser consideradas como, por exemplo, cuidados com excesso de álcool, com o tabagismo. Tudo isso é importante e pode ajudar. Evitar a obesidade, assim como a própria realização de exercícios moderados e, além disso, uma dieta balanceada, saudável, sempre tem um efeito favorável nesse sentido”, aconselha, em consonância com as indicações da nutricionista. 

Um dos cuidados que a mulher deve tomar para potencializar a chance de uma possível gravidez é estar atenta às características do ciclo menstrual. Abrão explica que o intervalo deve ser de 28 a 32 dias, e a ovulação tende ocorrer antes da menstruação. Quando os ciclos são curtos, com menos de 26 dias, ou muito longos, mais do que 34 dias, a tendência da ovulação é diminuir. 

Abrão destaca que existem aplicativos para celulares que ajudam as mulheres a localizar o período ovulatório, assim como exames de farmácia. 

“Também estimula-se hoje, para mulheres que tentam engravidar, usarem ácido fólico em um período de 3 meses que antecede a tentativa de engravidar até o terceiro mês de gravidez. E, em paralelo a isso, cuidado com outros sintomas como cólicas menstruais excessivas, dores em relação sexual, que podem chamar a atenção para a possibilidade de outros problemas que possam ser causa da dificuldade para engravidar, como por exemplo, a endometriose”, diz o médico. 

Além de uma alimentação adequada, a nutricionista Silvia Benvenutti orienta uma boa higienização dos alimentos para diminuir o consumo de agrotóxicos e a compra de alimentos orgânicos. Lembrando-se sempre: quanto mais natural, melhor. 

Edição: Geisa Marques