Expectativa

Sem aprovação da Anvisa, SP anuncia início da vacinação contra a covid para janeiro

Imunização começará por profissionais da saúde, indígenas e quilombolas e, até março, abrangerá toda a população idosa

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

Ouça o áudio:

Pesquisadora trabalha no laboratório de produção da Sinovac, potencial vacina chinesa contra o coronavírus. - Wang Zhao/AFP

O governo do estado de São Paulo anunciou para 25 de janeiro de 2021 a data de início do plano de vacinação contra a covid com uso da CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac. A intenção é aplicar as duas doses de imunização em profissionais da saúde, indígenas e quilombolas até 15 de fevereiro.

Na sequência, em um calendário de quatro etapas que se encerra em 28 de março, será vacinada toda a população com idades a partir de 60 anos. A gestão estadual informou que 9 milhões de pessoas serão vacinadas na primeira fase da campanha. A definição dos grupos prioritários leva em consideração a proporção de óbitos causados pela covid-19 nas populações que receberão as doses até 28 de março.

No entanto, o imunizante ainda precisa ser liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A CoronaVac está na terceira fase de teste, já com aplicação das doses em humanos. No Brasil a produção é feita em parceria com o Instituto Butantan. De acordo com a Secretaria de Saúde, o cronograma estadual será mantido, independente das datas estipuladas pelo governo federal.

Relembre: Anvisa simplifica procedimentos para aprovação de vacina contra a covid-19

Ainda segundo a Secretaria de Saúde, todos os insumos necessários para cumprir o planejamento já estão disponíveis. Não será preciso realizar licitações para compra de agulhas e seringas, por exemplo.

A gestão estadual pretende aumentar o total de locais para imunização. Atualmente existem 5,2 mil postos e há a perspectiva de ampliação para 10 mil, com uso de quarteis da Polícia Militar, escolas, estações e terminais do transporte público, farmácias e postos móveis. O investimento na campanha será de R$ 100 milhões. 

Segundo o governador João Doria, oito estados demostraram interesse em comprar doses da CoronaVac. No entanto, ele só citou nominalmente os prefeitos eleito da cidade do Rio de Janeiro (RJ), Eduardo Paes (DEM), e de Curitiba (PR), Rafael Greca (DEM). O governo São Paulo divulgou que tem 4 milhões de doses disponíveis para vender a outras regiões.

Edição: Rodrigo Chagas