8 de janeiro

Iphan planeja 'circuito da memória' sobre atos golpistas e outros traumas nacionais

Presidente do instituto afirma que ainda não é possível fechar o valor dos prejuízos causados em 8 de janeiro

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Comissão Geral da CLDF com presença do presidente do Iphan - Alexandre Bastos/CLDF

Um debate realizado na Câmara Legislativa do Distrito Federal na tarde desta quinta-feira (16) discutiu os prejuízos decorrentes dos ataques do dia 8 de janeiro em Brasília. O presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan), Leandro Grass, informou que ainda não é possível falar em valores dos estragos, mas o órgão fez um relatório preliminar com fotografias e descrições dos danos que foi entregue a ministra da Cultura, Margareth Menezes, e as instituições atacadas pelos golpistas. Ele apresentou imagens da destruição que constam no relatório do Iphan. 

"O ataque que foi feito não foi apenas ao patrimônio nacional, foi ao patrimônio mundial e além de tratar de uma tentativa de golpe de Estado e por essa razão acabou despertando a atenção de vários organismos internacionais", disse o presidente do Iphan. Segundo ele, o órgão está desenhando um "circuito de memória" num trabalho de conscientizar a sociedade sobre eventos como o 8 de janeiro e outros traumas da sociedade brasileira como escravidão, ditadura militar e dizimação dos povos indígenas.

"Esses ataques são também ataques à civilização e por isso o patrimônio deveria ser protegido. Então é grave a postura de determinados agentes por omissão ou por ação que permitiram ou provocaram o que assistimos" destacou Leandro Grass, que é ex-deputado distrital e foi candidato ao Governo do Distrito Federal nas Eleições de 2022. "Fracassaram, pois tivemos vidros quebrados, mesas riscadas, mas a democracia está de pé e as instituições continuam funcionando", acrescentou.

O deputado Fábio Felix foi quem coordenou a Comissão Geral em que ocorreu o debate. Segundo ele, é importante realizar os cálculos dos danos ao patrimônio para se ter uma dimensão material da nocividade dos ataques.

"Precisamos chegar aos financiadores, às autoridades e a todas as pessoas envolvidas nessa trama golpista para que paguem pelos ataques à Democracia e pelos prejuízos causados ao nosso patrimônio público, histórico e cultural", defendeu o deputado, que também integra a CPI dos Atos Antidemocráticos que acontece na CLDF.

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Fonte: BdF Distrito Federal

Edição: Flávia Quirino