O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou que um grupo de 250 envolvidos nos ataques de 8 de janeiro em Brasília se tornarão réus por participação nas ações golpistas. Com isso, já são 550 réus confirmados pelo Supremo após a barbárie bolsonarista.
Esta é a terceira leva de julgados pelo Supremo pelo quebra-quebra na Praça dos Três Poderes. A primeira teve 100 envolvidos; a segunda, outros 200. Nas três votações, a maioria dos ministros acompanhou o voto do relator, Alexandre de Moraes.
A votação deste terceiro grupo - o maior até aqui - ainda não acabou. Assim como nas duas ações anteriores, apenas os indicados por Jair Bolsonaro (PL) ao STF marcaram divergência em relação à posição de Moraes.
Até a tarde deste domingo (7), dos ministros que já tinham manifestado seus votos, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Edson Fachin, Gilmar Mendes e Rosa Weber acompanharam o relator. André Menronça, indicado por Bolsonaro, votou contra. Nunes Marques outro nome alçado ao STF por Bolsonaro, ainda não tinha se manifestado.
O prazo para os ministros registrarem seus votos no sistema eletrônico do Supremo termina na próxima segunda-feira (8). No dia seguinte, terá início o julgamento de um novo grupo de denunciados, com outras 250 pessoas.
No total, 1.390 pessoas foram denunciadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por participação nos ataques golpistas.
A denúncia da PGR sugere que os envolvidos respondam pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado e incitação ao crime. Entre os denunciados há pessoas que efetivamente realizaram os ataques e outras que financiaram ou incentivaram as ações do grupo.
Edição: Nicolau Soares