ARTIGO

O papel do Trensurb após a catástrofe no Rio Grande do Sul

'Cada estação que resistiu às águas se tornou um refúgio diante da brutal calamidade que enfrentamos'

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
"Reforçar o caráter público de empresas como a Trensurb é crucial. Se não fosse a atuação pública da Trensurb em cuidar das pessoas nesse momento de sofrimento, suas vidas seriam muito mais difíceis" - Foto: Alexandre Giesbrecht (Wikipedia/Creative Commons 3.0)

A empresa pública Trensurb, do Rio Grande do Sul, foi severamente afetada pela pior enchente da história do estado. Sua linha férrea está localizada na região oeste da BR 116, próxima ao Guaíba e seus afluentes, que causaram inundações sem precedentes. 

No meio dessa situação climática, a Trensurb se destacou como um instrumento público de vital importância. Seus funcionários, especialmente aqueles que trabalham diretamente com o público, agiram com coragem, humanidade e extrema sensibilidade para oferecer um espaço seguro.

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Milhares de pessoas, de todas as idades e gêneros, foram acolhidas com dificuldades decorrentes da tragédia, sendo fornecida acomodação, água e alimentação. A Trensurb sempre foi compreendida como uma empresa pública e popular, devido ao seu enorme significado social.

Cada estação que resistiu às águas se tornou um refúgio diante da brutal calamidade que enfrentamos. Agora, é necessário que a Trensurb se transforme em grandes centros de assistência social. Além de retomar os serviços, é importante que a empresa se torne cada vez mais social. Enquanto a iniciativa privada celebra o voluntariado, nós, do setor público, mostramos que os serviços públicos devem ser espaços vitais de cidadania.

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Reforçar o caráter público de empresas como a Trensurb é crucial. Se não fosse a atuação pública da Trensurb em cuidar das pessoas nesse momento de sofrimento, suas vidas seriam muito mais difíceis.

Viva a Trensurb! Viva seu papel humano e cidadão!

*Servidor do Trensurb

** Este é um artigo de opinião e não necessariamente expressa a linha editorial do Brasil de Fato.

Fonte: BdF Rio Grande do Sul

Edição: Katia Marko