Não à PEC 65/2023

Ato contra aprofundamento da autonomia do Banco Central acontece nesta terça-feira (18) em Brasília

PEC sobre o tema deve ser lida nesta quarta-feira (19) na Comissão de Constituição e Justiçavdo Senado

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Cobrança por juros baixos e saída de Campos Neto também são pautas da manifestação - Cristiano Porfírio/Arquivo Sindsep-DF

Sindicalistas, parlamentes, bancários, advogados e outros trabalhadores estão mobilizados contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 65/2023, que tramita no Senado e promove uma espécie de "privatização" do Banco Central. Nesta terça-feira (18), a partir das 7h, acontece uma mobilização em frente ao Banco Central, em Brasília, para pressionar o Senado contra a PEC.

Além da manifestação contrária à PEC, os manifestantes também pedem a redução da taxa atual dos juros Selic, que atualmente está em 10,5% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central fará sua próxima reunião nos dias 18 e 19 de junho para discutir os rumos da taxa Selic e a situação econômica do Brasil. A saída do atual presidente do BC, Campos Neto – indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro – também é uma das pautas do movimento.

Na semana passada, cerca de 250 manifestantes já se reuniram em frente do Senado Federal em um ato organizado por Condsef, Sindsep-DF, Sinal, SinTBacen, Anafe e Frente Parlamentar Mista do Serviço Público. Na avaliação dessas entidades a PEC 65/2023 promove uma espécie de "privatização" da autoridade monetária e pode causar custos fiscais ao país ao reter receitas que hoje são transferidas para o orçamento da União.

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A PEC 65 deve ser lida nesta quarta-feira (19) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e já conta com o apoio de 42 senadores, sete a menos que o necessário para a aprovação de uma mudança na Constituição. O texto é de autoria do senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) e recebeu relatório favorável do senador Plínio Valério (PSDB-AM).

A proposta em análise no Senado transforma o BC de uma autarquia federal em empresa pública com personalidade jurídica de direito privado. Além disso, os servidores passariam a ser regidos pela CLT, a Consolidação das Leis do Trabalho, e não mais pelo regime estatutário da União.

Serviço

Ato contra a Alta Taxa de Juros

18 de junho - terça-feira

7h às 10h

Concentração em frente ao Banco Central - Brasília

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Fonte: BdF Distrito Federal

Edição: Márcia Silva