Eleições municipais

Veja as datas das convenções partidárias em São Paulo; Boulos (Psol) e Marina Helena (Novo) já foram oficializados

Partidos devem realizar as convenções até o dia 5 de agosto

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Primeira convenção a fechar um nome foi a da coligação 'Amor por São Paulo' - Comunicação 'Amor por São Paulo'/Leandro Paiva/@leandropaivac

Começaram no sábado (20) as convenções partidárias, nas quais as siglas oficializam os nomes que irão concorrer às eleições municipais deste ano, tanto para as prefeituras quanto para as câmaras de vereadores. No município de São Paulo, oito nomes estão na disputa, dos quais três já foram oficializados.  

Na Expo Center Norte, no sábado, a coligação “Amor por São Paulo” oficializou o deputado federal Guilherme Boulos (Psol) como candidato ao lado de Marta Suplicy (PT) para vice. No total, oito partidos apoiam a chapa: Psol, PT, PDT, Rede, PCdoB, PV, PCB e PMB. 

No evento, Boulos exaltou a parceria do seu partido com o Partido dos Trabalhadores (PT) e falou da sintonia com a vice. "Essa parceria já está dada. É a parceria da moradia popular com os CEUs [Centros Educacionais Unificados]. É a parceria das cozinhas solidárias com o Bilhete Único, é a parceria da coragem com a experiência para mudar a cidade de São Paulo". Em tom de brincadeira, o candidato rebateu as críticas de que a chapa com a petista poderia não dar certo: “A nossa dupla está mais afinada que Chitãozinho e Xororó”. 

No domingo (21), o Novo oficializou a economista Marina Helena como candidata à prefeitura e o coronel da Polícia Militar Reynaldo Priell para vice. A convenção foi realizada no Circolo Italiano, no centro da capital paulista. 

Na ocasião, Helena afirmou que “São Paulo, a maior cidade da América Latina, tem um papel vital de liderança. […] São Paulo infelizmente gasta demais e devolve de menos para os seus filhos. Toma demais os nossos recursos suados via impostos, de cada um dos trabalhadores, e devolve muito pouco. Por isso, vamos passar um pente-fino em todos os contratos da prefeitura”. 

O União Brasil também realizou a sua convenção no sábado (20), mas não definiu se irá lançar candidatura própria ou apoiar um candidato de fora da sigla. De forma unânime, os 33 membros do diretório municipal aceitaram delegar a decisão para a executiva do partido, que é comandada pelo presidente da Câmara dos Vereadores, Milton Leite. O vereador deve bater o martelo até o dia 5 de agosto, quando encerra o prazo para a realização das convenções partidárias, de acordo com a legislação eleitoral.  

A expectativa é que o União declare apoio ao atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) à reeleição. Os dois partidos estariam negociando posições em um eventual segundo governo de Nunes. 

Um dia antes da convenção, Milton Leite afirmou que a sua relação com Nunes “melhorou 90%”, mas não declarou apoio ao emedebista. "A relação com o senhor prefeito melhorou muito, dirimiu-se muitas dúvidas que nós tínhamos. Se a aliança por acaso ocorrer com o Ricardo Nunes, nós vamos exigir um governo de coalizão nos moldes europeus. O União Brasil tem projetos nacionais e não vamos nos pautar só pelas eleições municipais", disse. 

Próximas convenções 

O Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, realiza a sua convenção nesta segunda-feira (22). A sigla não lançará candidatura própria, já que decidiu apoiar a campanha de reeleição de Ricardo Nunes, indicando Ricardo Mello Araújo, coronel da reserva e ex-comandante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar, parte do batalhão de choque de SP), para vice. 

No próximo sábado (27), é a vez do PSDB, que oficializa a candidatura do apresentador José Luiz Datena. Não há ainda, no entanto, uma definição de quem ocupará a candidatura a vice na chapa. Até o momento, alguns dos nomes cotados são os do presidente municipal, José Aníbal (PSDB), e do presidente da federação PSDB-Cidadania no município, Mário Covas Neto (PSDB). 

No mesmo dia, o PSB realiza a convenção partidária para lançar a candidatura de Tabata Amaral, com a expectativa da presença do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro de Empreendedorismo Márcio França, ambos do PSB. A sigla, assim como o PSDB, ainda não definiu quem será candidato a vice, apesar de ter alguns nomes ventilados: a professora Lúcia França, esposa de Márcio França; Lu Alckmin, esposa do vice-presidente, ou o ex-deputado federal Floriano Pesaro. 

No dia 3 de agosto, a dois dias do encerramento do prazo, o MDB oficializa a chapa Ricardo Nunes e Mello Araújo. Estarão presentes representantes de todas as legendas que compõem a coligação: PL, PSD, Republicanos, PP, Podemos, Solidariedade, PRD, Agir, Mobiliza e Avante.  

Ainda no dia 3, o nome do coach Pablo Marçal será oficializado em convenção do PRTB. Não há informações até o momento sobre quem irá compor a chapa, o que será divulgado no dia do evento. Dentro da sigla, alguns nomes são cogitados: o presidente do PRTB paulistano, Levy Fidelix Filho, e Nise Yamaguchi, médica bolsonarista que defendeu o uso cloroquina no tratamento contra a covid-19. 

No mesmo dia, o PSTU lança o ex-coordenador do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino de Melo Prazeres. No dia seguinte (4), a Unidade Popular (UP), por sua vez, oficializa o nome de Ricardo Senese, diretor da Federação Nacional dos Metroviários. Ambos os partidos não publicaram informações sobre a candidatura à vice de suas chapas. 

Após as convenções, as legendas têm até 15 de agosto para registrar as candidaturas na Justiça Eleitoral de cada município.  

Edição: Nathallia Fonseca