Com base na apuração de 40% das urnas, a filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000) teve 39,18% dos votos nas eleições peruanas. Em pronunciamento depois da votação, Keiko Fujimori agradeceu aos eleitores e disse que “o futuro do Peru está em marcha”.
"Temos que voltar a pisar no acelerador do crescimento econômico para que chegue às populações mais afastadas, melhorar as oportunidades de educação, e, sobretudo, porque os peruanos querem paz e tranquilidade", declarou a candidata.
Na disputa pelo segundo lugar, Pedro Pablo Kuczynski, do “Peruanos por el Kambio” (PPK) , obteve 24,25% dos votos contra 16,57% de Verónika Mendoza, candidata da Frente Ampla.
Em seu Twitter, Kuczynski agradeceu ao Peru pelo que chamou de “festa democrática”. "Obrigado, Peru, por uma grande festa democrática. Com ilusão e muita calma vamos esperar os resultados finais”, disse.
Verónika também agradeceu a todos que participaram de sua campanha depois do pleito e afirmou que “o poder do povo e sua convicção” foram fundamentais para o bom desempenho no primeiro turno das eleições.
A representante da Frente Ampla tinha o apoio de setores de esquerda peruanos. Entre as propostas defendidas pela candidata franco-peruana estavam a mudança na Constituição neoliberal de 1993 e a implementação de reformas econômicas e sociais de caráter progressista, com maior presença do Estado na economia.
O segundo turno será realizado em 5 de junho, e o novo mandatário assumirá a Presidência em 28 de julho.
Cerca de 21,3 milhões de peruanos foram às urnas para escolher também novos vice-presidente, 130 representantes do parlamento nacional e 15 representantes do Parlamento Andino (órgão deliberativo da Comunidade Andina formada por Peru, Bolívia, Colômbia, Equador e Venezuela).
Congresso fujimorista
O partido de Keiko Fujimori também teve vitória no parlamento, que terá maioria fujimorista. O Partido Frente Ampla conquistou 65 cadeiras, seguido pelo "Peruanos por el Kambio", com 23, e Frente Ampla, com 21.
O irmão de Keiko, Kenji, foi o deputado mais votado e deve liderar o Congresso peruano.
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