Os torcedores, que amam basquete, sabem valorizar a importância do jogador
Certa vez, em uma entrevista, o ex-jogador de futebol Paulo Roberto Falcão disse que o jogador morre duas vezes. Uma quando para de jogar e a outra quando parte dessa para melhor.
Isso serve também para outros esportes. Serve ainda mais quando se trata de um gênio. Desses que se tornam eternos em atividade e ainda mais quando a deixam.
Este é o caso do jogador de basquete Kobe Bryant.
O Los Angeles Lakers parece uma horda de ídolos. Por lá passaram caras históricos da NBA, como Kareem Abdul-Jabbar, Wilt Chamberlain, Magic Johnson e Shaquille O’Neil, desafeto de Kobe.
Kobe Bryant é o último grande ídolo da franquia de Los Angeles. O primeiro gênio do basquete depois da era Michael Jordan, o Pelé da bola laranja.
Cinco vezes campeão da NBA, o Black Mamba – como é conhecido – se tornou o maior pontuador da história dos Lakers. Para quem joga onde já jogaram todos aqueles citados anteriormente, dentre outros, é um feito e tanto.
As últimas temporadas de Kobe foram especialmente difíceis. Convivendo com lesões, além de um enfraquecimento notório do time dos Lakers, os resultados da equipe e, em particular, de Bryant, foram sofríveis.
Nesta temporada, cada jogo foi uma despedida. Desde que anunciou sua aposentadoria, em emocionante carta aberta, Kobe vem sendo aplaudido de pé onde quer que jogue, com qualquer resultado.
Os torcedores estadunidenses, que amam basquete, sabem reconhecer e valorizar o cara que está se despedindo. Do tamanho dos maiores da história do esporte.
A partir do momento em que Kobe Bryant deixou a quadra do Staples Center, ao final da partida contra o Utah Jazz, a última da temporada regular 2015/2016, sem nenhuma perspectiva de playoffs, um capítulo importante da história do basquete se encerrou.
Obrigado, Kobe!
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