A música no Brasil sempre se fez importante em cada cenário político que o país enfrentou. Para atender a atual conjuntura, os músicos Flavio Renegado e Tico Santacruz lançaram nesta quarta-feira (14) o som “O morro mandou avisar”, que denuncia a tentativa de golpe contra a presidente Dilma Rousseff.
A canção lembra que os políticos mais engajados pelo processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff estão envolvidos em casos de corrupção e faz uma paródia com o site Jesus.com ligado ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Nem Jesus.com vai te salvar, é pra 'temer' tremer, nós vamos lutar”, expressa a música.
A campanha da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) “Eu não vou pagar o pato” também foi lembrada por eles na composição: “Vão rasgar a CLT, esse pato é você”.
O cenário conturbado é reconhecido pela música, que fala que o atual momento político é ruim e que a indignação do povo é compreensível, mas lembra que houve vitórias importantes durante os últimos governos petistas. "O filho de empregada que nasceu no lixão hoje ta na 'facu' cheio de livro na mão”, diz trecho da música.
Para propor uma nova solução, os cantores criticam que o problema não é apenas a presidenta da República, mas todo o sistema. Para resolver isso, eles sugerem uma reforma política.
Outras músicas
Vários outros artistas também estão engajados na luta pela democracia no Brasil. O “Hino contra o golpe” , divulgado nesta semana, ta,bém busca denunciar a tentativa de golpe no Brasil. “As velhas raposas querem o galinheiro, roubaram dinheiro mas fingem que não, querem que o petróleo seja do estrangeiro, pra esconder ligeiro sua corrupção”, diz parte da canção interpretada por Chico Cesar. Além dele, Coruja BC1, Luis Felipe Gama, Rico Dalasam, Vanessa, Drik Barbosa e Luis Gabriel fazem parte da música.
A canção também faz apelo à liberdade, à democracia e protesta contra a intolerância do cenário político atual: “Se eu uso vermelho ou vou de amarelo, não tô num duelo, quero conversar. Mano, mina, mona todo mundo é belo, nesse arco-iris todos têm lugar”.
Edição: Simone Freire.
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