A resposta à pergunta do título é: o ódio. Enquanto alguns líderes juntaram pessoas por amor a uma causa, por sentimentos positivos a conceitos humanistas, outros conseguiram unir pessoas pelo ódio a raças, credos, religiões, gêneros.
Gandhi, Martin Luther King, John Lennon são alguns exemplos de seres humanos que lutaram pela expansão de direitos. Hitler e Mussolini ao contrário. Os gênios do mal, responsáveis pelo nazismo e o fascismo, uniram pessoas pelo ódio.
Num momento em que o Brasil vem passando por uma crise política, social, econômica e também moral, muitas máscaras são deixadas de lado. Se antes as pessoas tinham alguma vergonha de expor publicamente seus preconceitos e seus sentimentos mais primitivos nas redes sociais e nas rua, hoje se sentem completamente confortáveis para disseminar essas atitudes.
Semeador do ódio
Não digo com isso que Bolsonaro seja detentor de todos estes ódios a gays, negros, mulheres, nordestinos, índios, entre outros grupos. Mas não tenho a menor dúvida de que ele agrega “odiadores” dos mais variados tipos ao seu entorno. Bolsonaro é uma espécie de Frankenstein do ódio.
Bolsonaro diz: me chamam de racista e homofóbico porque não podem me chamar de corrupto. Ora, honestidade é o mínimo que se espera de qualquer cidadão, político ou não. Contudo, discursar fazendo uso da energia ruim pode ter consequências ruins.
Olhe ao seu entorno e veja que tipo de sentimento te liga e te junta às pessoas. Fique atento sobre os laços que unem certas pessoas e pense em que tipo de lugar você quer viver. Você está se unindo as outras pessoas por amor ou por ódio?
*Tico Santa Cruz é músico e ativista político.
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