Os estádios de futebol dos três principais clubes do Paraná enfrentam problemas financeiros. Embora com gravidades de níveis diferentes, Paraná Clube, Atlético Paranaense e Coritiba precisam dar conta de ações na justiça e pagamentos para o poder público ou grupos privados.
A situação do Paraná Clube é de longe a mais preocupante. No final de março o clube perdeu a posse sob o terreno onde está construída a Vila Capanema. O espaço pertencia à extinta Rede Ferroviária Federal S.A, proveniente de um dos clubes que deu origem ao tricolor. Com o fim da instituição todos os seus bens passaram a pertencer à União, inclusive o terreno onde está o estádio.
Com a derrota que aconteceu no final de março, o Paraná Clube aguarda a definição de uma indenização pelas benfeitorias feitas na Vila, embora ainda possa recorrer ao STJ e ao STF e arrastar o problema por mais alguns anos.
Dívidas
No lado da Baixada, a situação é um pouco mais tranquila, mas também inspira alguns cuidados. O clube tem uma dívida de R$ 226 milhões com a Fomento Paraná, autarquia do Governo do Estado, referente à construção do estádio para a Copa do Mundo de 2014.
Em virtude da ausência de pagamentos, o órgão pediu a penhora da Arena da Baixada como garantia do pagamento das dívidas. O estádio foi apresentado como salvaguarda da quitação pelo próprio clube.
Reformas
Já no Alto da Glória a situação é mais amena, mas já esteve mais tranquila. Na onda de reformas de estádios pelo Brasil, o Coritiba concluiu a reta da Mauá e reformou todo o setor, agora batizado de “Pró-Tork”, nome da empresa que financiou a obra.
Informações de bastidores dão conta de que o clube ainda deve R$ 18 milhões para a empresa e até o momento o pagamento concentra-se nos juros. Somente a partir de 2018 é que o valor total da obra começará, efetivamente, a ser pago. Até lá parte das receitas do clube serão para as taxas relativas ao financiamento privado.
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