O Fórum de Lutas 29 de Abril surgiu depois de uma tragédia, no ano de 2015, na data que lhe dá nome, quando professores e servidores estaduais que tentavam barrar o roubo da Previdência na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) foram massacrados pela Polícia Militar. A ação deixou mais 230 pessoas feridas. Uma forte reação foi gerada no Paraná e em todo o país. Com isso, defensores de direitos, movimentos populares, sindicatos e jornalistas, uniram-se para denunciar os abusos comandados pelo secretário de Segurança à época, Fernando Francischini (Solidariedade), e pelo governo Beto Richa (PSDB) naquela tarde de abril.
Aos poucos, o Fórum fortaleceu a articulação entre as lutas dos movimentos populares do campo e da cidade. Com um olhar para a situação do Brasil, o grupo se integrou à Frente Brasil Popular (FBP), ainda em 2015, como um espaço pela democracia e preocupado com a ameaça de golpe contra o mandato de Dilma Rousseff (PT), risco que agora aumenta depois do cenário de farsa montado pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB).
Projeto Popular
A Frente Brasil Popular convocou diversos atos de rua. Recentemente, nos dias 18 e 31 de março, e também na semana da votação na Câmara, num estado permanente de mobilizações. Ao mesmo tempo, os movimentos populares realizam uma plataforma de exigência de mudanças à política econômica do governo federal, apontando a necessidade de um Projeto Popular para o país. O que quer dizer: um projeto que não retire dinheiro da economia e direitos do trabalhador, que reduza os juros, que reative a indústria nacional, etc.
No dia 29 de abril deste ano está prevista, no Paraná, uma grande concentração de servidores, professores e de trabalhadores no Centro Cívico, em Curitiba. É o dia quando o massacre completa um ano. Nesse cenário de ameaça de golpe no plano nacional, a data é a chance para barrar a violência contra os trabalhadores e também a violência contra a democracia. A organização popular e uma nova e ampla Constituinte são os caminhos para contrapor um Legislativo que hoje representa o dinheiro, e não o povo.
Edição: ---