A Marcha pela Democracia, que saiu de Ouro Preto no dia 21 de abril e chegou a Belo Horizonte na terça (26), realizou um ato dentro do Palácio da Liberdade, antiga sede do governo estadual. Os movimentos pretendiam pressionar o governador Fernando Pimentel (PT) para se pronunciasse pública e claramente contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Foi realizada uma reunião entre Pimentel e 23 representantes da Frente Brasil Popular, organizadora da Marcha. Os líderes populares reivindicam que o governo dê atenção e prioridade a projetos que beneficiem os trabalhadores. “Essa seria a forma mais contundente de barrar o golpe”, afirmou Silvio Netto, integrante da coordenação estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
O governador ouviu as reivindicações e se comprometeu a dar consequência a elas. Sobre o cenário político, afirmou que “a situação é de equilíbrio instável”, se referindo à relação entre PT e PMDB no governo, e que essas pontes precisam ser mantidas. Destacou ainda que movimento e governo terão “tarefas diferentes” no próximo período. Ele comprometeu em garantir segurança ao acampamento contra o golpe, que se instala na Praça da Liberdade a partir de 1º de maio
Da reunião resultou a criação do Comitê de Lutas Unificadas, com integrantes da Frente Brasil Popular e de secretários estaduais.
Subindo o morro
A tomada simbólica do Palácio da Liberdade foi o último ato da Marcha pela Democracia. A manifestação chegou em Belo Horizonte na terça (26) pela manhã, quando realizou uma caminhada no morro Alto Vera Cruz, na região Leste da capital, com cerca de 3 mil pessoas. “É uma honra a escolha da nossa comunidade para essa união do morro, do asfalto e do campo no fortalecimento da democracia", comentou Júlio César Pereira Souza, presidente do Centro de Ação Comunitária Vera Cruz.
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