Trabalhadores da Urbs e da Setran estão em greve desde a madrugada desta terça-feira (26) para cobrar pagamento de salários atrasados. Esta é a quarta vez em menos de um ano que a Urbs descumpre o Acordo Coletivo de Trabalho, que prevê pagamento integral da folha até o dia 25 de cada mês, segundo a assessoria de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Urbanização do Paraná – Sindiurbano. Neste mês, apenas 50% do salário foi pago em dia e o vale alimentação foi disponibilizado com dois dias. Outros atrasos ocorreram em julho, agosto e dezembro de 2015.
Na manhã desta quarta-feira (27), cerca de 200 os trabalhadores saíram em marcha desde a sede da URBS Rodoferroviária até a prefeitura de Curitiba. Na prefeitura, uma comissão de trabalhadores reuniu-se com a vice-prefeita, Miriam Gonçalves (PT), e com secretário de governo de Curitiba, Ricardo Mac Donald Guisi.
“Denunciamos o fato de a Urbs ser uma empresa de economia mista que vive com o pires na mão para poder pagar os salários no final do mês”, relata Valdir Mestriner, presidente do Sindiurbano, sobre a reunião com o governo municipal.
Segundo o diretor, os representantes da prefeitura comprometeram-se a criar uma comissão paritária para discutir a situação e identificar soluções. A comissão deve ser composta pela secretaria de governo do município, gestores da URBS e integrantes da categoria.
Direito adquirido
A Urbs afirma que os salários não estão atrasados e serão pagos no dia 6, dentro do prazo previsto na legislação trabalhista. O presidente do Sindiurbano rebate a alegação da empresa e garante que os pagamentos são efetuados no dia 25 há 36 anos, por isso trata-se de um direito adquirido pelos trabalhadores, garantido pelo Acordo Coletivo.
No início da tarde desta quinta-feira (28), haverá nova assembleia dos trabalhadores para avaliar o andamento da greve. O Sindicato indica que a paralisação está mantida até o pagamento integral dos salários.
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