A luta da classe trabalhadora sempre foi e será por uma vida digna para todos, oportunidade de ter um emprego ou renda, que possa viabilizar uma condição de sustento familiar, moradia, educação, saúde, lazer. Toda vez que não é dada essa condição entramos no momento de crise pois inviabilizamos os nossos sonhos do cotidiano. Imaginamos agora um país, estado ou município, onde o Poder Executivo não se entende com o Legislativo e o Judiciário. Cada uma na defesa de seus interesses que pouco têm a ver com os anseios da grande população.
Essa é a condição que presenciamos no momento. Uma crise política que atinge de uma forma direta os poderes constituídos e como consequência, provoca enormes prejuízos ao povo brasileiro, principalmente aqueles que em sua maioria dependem do serviço público, seja ele municipal, estadual ou federal.
Todo ano os impostos são reajustados, inclusive além do índice inflacionário, todavia sempre falta dinheiro para as nossas prioridades. Sabemos que existe uma crise econômica mundial que não foi criada pelos trabalhadores, e sim pelo grande capital especulativo. Mas quem sempre paga a conta somos nós, representando arrocho nas contas do Estado e que traz como consequência o fim de concurso público, congelamento de salários dos servidores, demissão e tudo isso traduzido pelo recente PL 257 que de forma justa as entidades têm combatido.
A pauta dos setores conservadores que detém maioria no Congresso Nacional, pois financiaram as campanhas da maioria dos deputados e senadores eleitos, o Judiciário, que em sua maioria também representam a chamada elite brasileira, pois ainda são poucos os juízes que têm sua origem na classe trabalhadora. Precisamos realizar uma reforma política verdadeira e refazer todo esse modelo que, hoje, molda o Poder Judiciário, pois falta dinheiro para atender as demandas da maioria da população. No entanto, para manter as estruturas acima citadas não existe crise. A crise econômica atinge diretamente o serviço público como um todo, porque o grande interesse do capital é diminuir as atribuições do Estado para aumentar sua capacidade de lucros.
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