Mobilização

PM retira servidores de Araucária de ocupação da sede municipal

Municipais ocuparam prédio devido à oferta da prefeitura de 3% de reajuste e constante desmarcação de reuniões.  

Da Redação |
Assembleia que aprovou a permanência do comando de greve no quarto andar da Prefeitura.
Assembleia que aprovou a permanência do comando de greve no quarto andar da Prefeitura. - Giovanna Jambersi

No dia 18, servidores municipais de Araucária, representados pelo Sindicato dos Funcionários e/ou Servidores do Município de Araucária (Sifar) e Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária (Sismmar), ocuparam o quarto andar do prédio da Prefeitura local.

Os sindicatos consideram um desrespeito a falta de negociação por parte do prefeito Olizandro Ferreira (PMDB), que não recebeu os servidores em reunião na tarde de ontem (18). Essa reunião era parte do acordo que suspendeu a greve da categoria no dia 6 de abril.

“Os dois sindicatos dirigiram-se ao local previsto para a negociação. Ocorre que o elevador estava bloqueado para subir até o quarto andar (local do gabinete do prefeito). Os membros das comissões subiram pelas escadas. Quando chegaram ao quarto andar a porta de acesso estava travada. Os dirigentes ficaram por horas esperando, acompanhados de  vereadores da Câmara Municipal.  Apesar da insistência de quase a metade dos vereadores da Câmara, a Administração não aceitou conversar”, relata Ludimar Rafanhim, advogado do Sismmar, que acompanhou a tentativa das entidades sindicais em negociar.

PM faz retirada de ocupantes

Hoje (19) pela manhã os manifestantes foram retirados pela Polícia Militar do prédio. A saída foi pacífica. A ocupação havia sido decidida após a gestão informar, no dia 18, por sua página oficial do facebook, um reajuste salarial de 3%, valor abaixo da inflação do período, que está em cerca de 10%.

De acordo com o Sifar, a prefeitura sob a gestão de Olizandro Ferreira (PMDB) “gasta milhões em propaganda e com os Cargos Camissionados”.

“Esse índice proposto pelo governo Olizandro é um desrespeito ao trabalhador que, mesmo com tantos problemas no seu dia-a-dia, continua buscando atender as demandas dos usuários. Os servidores não aguentam mais tanto descaso dessa gestão”, afirma a diretora do Sifar, Ana Patrícia de Oliveira.

Expectativa de negociação e luta dos servidores

Os secretários de governo e de gestão de Pessoas firmaram um termo com o Sismmar e o Sifar marcando reunião de negociação para as 15 horas do dia 19, no Salão Nobre da Prefeitura. Além da ocupação, os funcionários também decidiram uma nova assembleia, com primeira chamada para às 17h. Nessa assembleia, de acordo com o Sifar, é possível que a greve seja retomada.

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