O novo ministro dos Esportes, Leonardo Picciani (PMDB), disse que não colocaria ninguém ligado à bancada da bola para gerir o futebol brasileiro. Entretanto, para a Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, ele escolheu o ex-deputado estadual Gustavo Perrella (SD), filho do senador Zezé Perrella (PTB), ex-dirigente do Cruzeiro.
Por si só, a relação entre os Perrella e a cartolagem já é motivo para questionar a nomeação, mas o currículo da família tem outros episódios interessantes. Por exemplo, em 2013, a Polícia Federal capturou 443 kg de pasta-base de cocaína e R$ 18 mil no helicóptero de Gustavo em uma fazenda no município de Afonso Cláudio (ES). Segundo o Ministério Público Estadual, o piloto era funcionário fantasma da Assembleia Legislativa.
Agora o futebol brasileiro está em boas mãos, não é mesmo?
Você sabia?
Como todo mundo sabe, a palavra “cartola” é usada para identificar dirigentes de futebol que usam sua influência nas entidades esportivas para conseguirem privilégios políticos e econômicos. É que, quando chegou ao Brasil, o futebol ainda era um esporte praticado pelos mais ricos. Os jogadores trajavam roupas sociais e até gravata, ao passo que os dirigentes usavam cartola. Essa época passou, mas a cartolagem continua comendo solta no esporte bretão.
Edição: ---