Entre os dias 2 a 4 de junho, a cidade de Mariana recebe o “Encontro Brasileiro dos Movimentos Populares em diálogo com o Papa Francisco”, no qual militantes e representantes de diversas religiões debaterão os temas mineração, trabalho, meio ambiente, terra, reforma política, território e moradia. Esse é o terceiro encontro e tem como objetivo divulgar as ideias do pontífice e fortalecer a articulação entre as igrejas e as organizações que defendem os direitos da população. O I e o II Encontro aconteceram no Vaticano, Itália, e na cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.
A expectativa é que mais de 400 pessoas compareçam ao evento, que contará com a participação de entidades indígenas, quilombolas, das mulheres, da juventude, do campo, movimentos sindicais, entre outros.
Mariana não esquecida
Várias mesas de conversa levantarão questões a respeito do rompimento da barragem da mineradora Samarco. Um ato político contra a impunidade está sendo organizado para o encerramento, em Bento Rodrigues. “É explícita a falência de um modelo de exploração dos recursos naturais que não se preocupa com as pessoas ou com o meio ambiente. Sabemos que a mineração tem forte influência na política e na economia, e no evento isso será debatido”, afirma João Pedro Stédile, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
Ele ressalta, ainda, que a aproximação com o Papa é importante por ser ele um crítico do capitalismo e da desigualdade e por seu pontificado estar, desde o início, atento aos problemas sociais.
O Papa não poderá comparecer pessoalmente ao encontro, mas levará questionamentos por meio de vídeos.
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