São imensas as perdas de uma ruptura democrática. A fraude do impeachment interrompeu o maior ciclo democrático do Brasil, de apenas 27 anos, da primeira eleição direta após a ditadura. Só na largada, o golpe violou e anulou (provisoriamente) os votos de 3,4 milhões de pernambucanos na presidenta Dilma.
Nos governos Lula e Dilma, Pernambuco, o seu povo e a sua economia conheceram muitas transformações. Secas sem mortes de pessoas, sem fome, sem saques e sem a água utilizada para subjugar consciências e votos. Águas sendo transpostas e adutoras estratégicas em construção. Iniciou-se a superação da dependência da cana e hoje Pernambuco fabrica carros e navios e refina petróleo. Suape, após 30 anos, afinal se tornou um complexo industrial e portuário. Tantas mudanças mais. A redução nos investimentos para Pernambuco é outra perda anunciada pelo golpe.
A primeira semana do governo ilegítimo de Temer e de outros fichas-sujas comprovou as denúncias das forças populares: o golpe não é apenas contra um mandato legítimo e contra o voto popular, mas uma conspiração para mudar o modelo de País, retornar ao neoliberalismo, suprimir direitos e conquistas sociais, entregar o pré-sal ao capital internacional, privatizar e ser satélite dos EUA. O que as urnas derrotam desde 2003.
O governo usurpador ampliou as perdas ao nomear ministros pernambucanos que não representam o nosso povo, mas os interesses de tucanos e da Fiesp, aos quais os seus mandatos servem.
Mas as lutas populares sempre transformaram perdas em ganhos ainda maiores. O principal agora é o ganho da unidade da esquerda social, popular e partidária contra o golpe. A política voltou à vida das pessoas. O ódio e a intolerância recolocaram a ideologia no centro da política. Essa energia de movimentos sociais e da diversidade ocupando as ruas supera as perdas impostas a Pernambuco e ao País. Essa força do povo exigindo #ForaTemer logo restaurará a democracia, o mandato de Dilma e devolverá os golpistas ao que são: o lixo da história.
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