Ações do poder público contra as organizadas não são solução para violência
Depois de brigar com a torcida do Flamengo, as organizadas do Palmeiras acenderam sinalizadores na arquibancada contra o Coritiba, no Couto Pereira.
Um artefato usado por crianças em festa junina fez o árbitro interromper o jogo, para que a polícia recolhesse o material das mãos dos torcedores.
Pouco a pouco, essas coisas estão “legitimando” a ação de uns burocratas babacas que insistem em criminalizar o ato de torcer.
Não basta embranquecer as arquibancadas, tem que botar sentado, tirando selfies e vaiando o próprio time aos dez minutos de jogo. Porque, afinal de contas, o cliente pagou pela vitória. Qualquer outro resultado é quase uma infração ao Código do Consumidor.
Solução para a violência entre gangues formadas dentro das organizadas que é bom, nada. Mas veja bem, são gangues formadas dentro delas, não por elas.
Muita gente tem o objetivo único de se associar a uma organizada para fazer parte da grande festa nas arquibancadas. Quer apenas protagonizar o espetáculo, que faz o futebol tão belo, e apoiar sua equipe.
Muitas das ações do poder público contra as organizadas estão longe de parecer uma solução para o problema da violência. Hoje, os violentos são detidos, soltos e livres para ir ao próximo jogo.
Pune-se o clube, muitas vezes. Ou a própria organizada, generalizadamente. Pune-se a festa.
Em São Paulo, para se ter uma ideia, os mastros das bandeiras são proibidos, os clássicos têm torcida única. Chegou-se a extinguir as torcidas, que retornaram com outro nome.
Ou seja, as “autoridades” jogam o sofá fora, mas não interrompem a sacanagem.
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