Nesta terça-feira (21), o presidente colombiano Juan Manuel Santos pediu aos negociadores em Cuba que façam esforços para conseguir concluir nesta semana o acordo de cessar fogo definitivo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e, finalmente, chegar à assinatura de um acordo de paz.
Para o analista e escritor colombiano Alfredo Molano, o acordo bilateral exige que haja condições de se monitorar o processo e deve ter acompanhamento internacional.
Numa entrevia para Contagio Radio da Colombia, Molano explicou que, é preciso garantir a segurança nas zonas de acampamento (os locais onde estão os integrantes da guerrilha da FARC). Para isso, elas devem ser afastadas das zonas de conflito com o Exército de Libertação Nacional (ELN).
Quanto às condições de segurança, as zonas temporárias dos acampamentos (assim as definem os integrantes das FARC) devem ter faixas de segurança em três níveis. Uma será controlada por integrantes das FARC; outra, pela comunidade internacional; e a terceira, pela força pública.
Por último, o cessar fogo deverá ser monitorado. Para Molano, a assinatura do cessar fogo não significará que ele será implementado imediatamente, mas que se iniciará a aplicação dos mecanismos estabelecidos no acordo.
Após a assinatura, ainda será preciso definir um prazo para concentrar as tropas das FARC. Durante esse tempo, deve-se melhorar os mecanismo de verificação, que serão garantidos por delegados da Organização das Nações Unidas (ONU) e da União de Nações Sulamericanas (Unasur).
Tradução: María Julia Giménez
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