Vários eventos de funk aconteceram no estado, com o nome de “Baile da Antiga"
Os sambistas, quando perguntados sobre o futuro do samba, respondiam que o ritmo agoniza mais não morre. Acredito que o funk vai pelo mesmo caminho. Depois de tantos anos de perseguição, ele continua firme e forte.
Em 2008, uma pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas apontava um mercado de 300 bailes funk por semana no Rio de Janeiro. A pesquisa fez com que a gente notasse que estávamos perdendo espaço na cidade e em todo o estado.
Para quem conheceu a cadeia produtiva do funk nos anos 1990, não se surpreendeu com o resultado da pesquisa.
Somente com um tratamento diferente vindo por parte dos órgãos governamentais ligados à cultura é que teríamos nosso espaço respeitado e consequentemente um mercado bem mais promissor. Mas não foi isso que aconteceu.
A repressão ao funk, por parte da polícia, continuou com muita força, e assim os bailes foram sendo fechados. Para todos aqueles que dizem que os bailes faliram, eu pergunto: “podemos decretar falência de algo que foi proibido de funcionar?”
Tem sempre aquele que responde: “mas já faz tanto tempo que, se voltar, não funciona mais”. A verdade é que só reabrindo os bailes para saber.
No último final de semana, vários eventos de funk aconteceram em todo o estado, com o nome de “Baile da Antiga”, todos lotados. Por isso, quando sou questionado sobre o futuro do funk, respondo que tenho os meus motivos para acreditar que ele ainda vai crescer muito mais.
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