O Botafogo, quando vence, sai da zona de rebaixamento. Se perde, volta
O Botafogo vem caminhando no limite entre a salvação e a desgraça. Quando vence, sai da zona de rebaixamento. Se perde, volta.
Parece até uma sacanagem com o torcedor o título desta coluna falar em não se desesperar. Mas não é. Não há razão para arrancar os cabelos, mesmo vendo o alvinegro ora dentro, ora fora do Z-4.
Primeiro, ainda faltam 22 rodadas para o fim do campeonato. São 66 pontos em disputa e muita água para passar embaixo da ponte.
Segundo e fundamental, o futebol do Botafogo não é de time que deve cair. Por mais que os resultados não ajudem muitas vezes e o time não consiga engatar uma sequência de vitórias, o time consegue propor o jogo, tocar a bola, até criar chances. O problema tem sido a conclusão das jogadas.
Nos últimos jogos, exceção feita à partida contra a Chapecoense, os gols começaram a sair. Foram três contra o Galo, contra o Flamengo e contra o América-MG.
A contratação de Canales, que pode ser o homem-gol do time, não pode ser analisada no curto prazo. O gringo chega aqui e, de repente, não tem mais chorizo, cúmbia, frio, gente falando castelhano, etc.
Até toda a vida do cara se adaptar à mudança, leva tempo.
Esse tempo poderá ser abreviado se a torcida tiver mais paciência. Fundamentalmente com Ricardo Gomes, que faz um excelente trabalho à frente do alvinegro.
O campeonato do Botafogo é esse mesmo, mas a qualidade do trabalho e a camisa podem pesar a favor do time na reta final. Se a torcida não se desesperar e cobrar mais do que o time pode fazer, o Botafogo não cai.
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