Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
No Result
View All Result
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
No Result
View All Result
Brasil de Fato
Início Geral

Especial

Lúcia Udemezue: uma mulher negra em movimento

Cientista social, produtora e ativista na área de direitos humanos, Lucia trabalha gênero, raça e população imigrante

28.jul.2016 às 18h59
São Paulo
Juliana Gonçalves
”O corpo da mulher negra ainda não tem um lugar nessa sociedade”, afirma Lúcia

”O corpo da mulher negra ainda não tem um lugar nessa sociedade”, afirma Lúcia - ”O corpo da mulher negra ainda não tem um lugar nessa sociedade”, afirma Lúcia

Diferente da maioria das famílias negras brasileiras, Lúcia sabe exatamente em qual parte do continente africano estão fincadas as suas raízes. Seu nome completo Lúcia Chiyere Ijeoma Udemezue é de origem nigeriana.

Desde cedo ela percebeu diferenças em sua afrodescendência. De um lado, a ancestralidade negra materna marcada pelo estigma da escravidão, do outro, o pai nigeriano, vindo de uma importante família de etnia Igbo, povo do sudeste da Nigéria. “Essa união me fortaleceu, me fez ver com mais clareza as discussão balizadas na questão racial e como se dá o trânsito dos negros pós-diáspora, as idas e vindas da população imigrante e negra’’, conta Lúcia.

Da mãe também herdou a atuação na área cultural, em especial na valorização da cultura negra. Lúcia participa de diversos projetos ao lado de Denna Hill, cantora e psicóloga; Nina Vieira, designer e fotógrafa e  Jully Gabriel, jornalista e produtora cultural. Elas integram o coletivo "Manifesto Crespo", que traz a discussão da figura da mulher negra e tem como porta de entrada a questão do cabelo. ”O corpo da mulher negra ainda não tem um lugar nessa sociedade”, afirma.

Imigrantes

A atuação da cientista social, formada pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) sempre se dedicou às mulheres negras, em especial, às imigrantes. “Teve um momento em que a comunidade nigeriana estava numa situação de vulnerabilidade muito grande, sem referências de onde se reportar quando havia abusos por parte do Estado. A partir disso passei a fazer essa ponte e propor essa reflexão da necessidade de se ter políticas públicas especificas”, relembra.

Para ela é importante que os imigrantes não sejam acolhidos apenas pela Polícia Federal, mas por outras instituições do Estado para atingir o fortalecimento da cidadania dessas pessoas. “Tivemos um salto com a criação da coordenação de políticas para imigrantes na prefeitura de São Paulo, agora o desafio é refinar o acolhimento mais digno de mulheres negras, principalmente haitianas e africanas, organizá-las e fortalecê-las porque a rede de proteção ainda é bem frágil para essa população“, opina.

União

Ser mulher, negra e imigrante traz opressões pautadas no racismo, machismo e xenofobia. Lúcia ressalta a importância da incorporação desse último tema pelas mulheres negras organizadas. “Precisamos começar a fazer um movimento onde as mulheres negras brasileiras consigam abarcar e incluir as mulheres negras imigrantes em suas pautas’’, considera.

Além do "Manifesto Crespo", Lúcia faz parte do grupo "Roda de Mãe Preta" que promove encontros para discutir a maternidade ativa negra. Mãe de MitzRael de 3 anos, ela considera esses espaços de troca essenciais para o fortalecimento de mães e crianças negras. O "Roda" foi criado por Lúcia, Nina Vieira, pela vlogger Ana Paula Xongani, a socióloga Taisa Souza e a artista plástica Renata Felinto.

Vozes negras

O dia 25 de julho, Dia internacional da mulher afro-latina-americana e caribenha é considerado por ela um momento de celebração e luta. ”Nossas mais velhas resistiram à opressão e o racismo e, ao mesmo tempo, ainda temos que lutar para que haja o reconhecimento que a mulher negra sustenta toda a lógica de sociedade que temos hoje. Precisamos de reconhecimento e reparação”, afirma.

 A pluralidade de vozes negras ganhando espaço anima Lúcia. ”Vejo uma série de ações e publicações de mulheres negras, poetisas, escritoras, pautando jornais e revistas. É importante a ousadia de coletivos como o Louva Deusas, discutindo a sexualidade das mulheres negras na literatura periférica, como algo que dá fôlego para o movimento de mulheres negras na cidade”, finaliza.

Editado por: Redação
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

COMIDA DE VERDADE

Agricultura familiar é essencial na construção de uma alimentação escolar saudável

Invasão ao CNJ

Moraes vota a favor da condenação de Carla Zambelli a 10 anos de prisão

PODCAST DE FATO

A defesa do Estado é uma pauta feminista, afirma Manuela D’Ávila

2º semestre

UnDF oferta 740 vagas gratuitas em 17 cursos; inscrições vão até 18 de maio

POESIA MARGINAL

‘Versos em Trânsito’: meu corpo-palavra em movimento

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

No Result
View All Result
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Radioagência
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.