Antes de 1959, Cuba era um país subordinado econômica e politicamente aos Estados Unidos, e a estrutura de dependência, sustentada pelas elites locais, fazia com que houvesse uma grande desigualdade social, cuja pobreza atingia a maior parte da população.
Essa condição estrutural viabilizou o regime ditatorial do general Fulgêncio Batista durante a década de 1950, explicitamente apoiado pelos EUA. E foi nesse contexto, de pressão política e insatisfação da população, que Fidel Castro se forja como líder do que viria a ser a Revolução Cubana e um dos fundadores do Partido Comunista Cubano.
Ele acumulou experiências de enfrentamento na região participando de processos como a destituição do ditador da República Dominicana, Rafael Trujillo, e o Bogotazo, série de protestos após o assassinato de Jorge Eliécer Gaitán (líder político que disputava a presidência da Colômbia com o Partido Conservador) em 1947 e 1948, e tentou participar das instituições política de Cuba.
Com o golpe de Fulgêncio, em 1952, Fidel funda "o Movimento" e cria o embrião do que irá se tornar o Movimento 26 de julho, que lidera o processo que culmina na destituição do ditador, em 1959, e no início da construção de uma nova Cuba, com seus avanços e contradições.
Em memória ao aniversário de 90 anos de Fidel, o Brasil de Fato construiu essa linha do tempo que mostra parte da trajetória de formação de uma das principais referências políticas da esquerda latino-americana, de seu nascimento à consolidação do Partido Comunista Cubano. Confira:
Ilustrações: Gabriela Lucena
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