Nesta terça-feira (30), atos contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff foram marcados por entidades e movimentos populares em diversas capitais brasileiras, como continuação da agenda de mobilização nacional contra o golpe, que vêm acontecendo desde domingo.
As manifestações marcam o quarto dia do julgamento do impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Senado e o início da votação final do processo, e têm como pauta principal a defesa da democracia e volta de Dilma ao poder.
Em Porto Alegre (RS), o ato "Não ao Golpe" aconteceu a partir das 18h desta terça (30), na chamada Esquina Democrática, entre a Rua dos Andradas e a Avenida Borges de Medeiros.
O ato foi sendo puxado pelo movimento PoA Fora de Ordem, que, segundo sua divulgação no Facebook, denuncia um golpe "misógino e machista, que tenta calar uma mulher guerreira, sobrevivente da ditadura cívico-midiática-militar, eleita por 54 milhões de brasileiros e brasileiras".
Em Belo Horizonte (MG), o ato "CulturATO: Repúdio ao Golpe" foi marcado pela Frente Brasil Popular (FBP) mineira. A concentração foi na Praça Rômulo Paes, a partir das 18h. Em Belém (PA), a FBP realizou uma "Assembleia da Resistência em Defesa da Democracia" às 17h, no Mercado de São Brás.
Em São Paulo (SP), o ato "O Dia D - Início do Fim" começou às 18h, no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), em resposta a truculência policial que marcou o ato de ontem na capital paulista.
"Queremos paz, mas se querem guerra, devemos mostrar que sabemos fazê-la", destaca a descrição do evento, organizado pelo Coletivo pela Democracia. Já são 3,6 mil pessoas confirmadas e mais de 6 mil interessadas no evento.
MTST
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) também organizou uma série de mobilizações contra o governo interino de Michel Temer na manhã desta terça-feira (30) nas cidades de São Paulo (SP), Fortaleza (CE) e Porto Alegre (RS).
Em São Paulo, as manifestações fecharam as Marginais Pinheiros e Tietê, a Ponte Eusébio Matoso, a Avenida Jacú Pêssego, a Radial Leste e a Rodovia Regis Bittecourt. Quatro manifestantes foram presos durante o ato na Marginal Pinheiros, e segundo informações do movimento, três deles foram levados ao 13º DP e outro ao 1º DP.
Em Porto Alegre, o ato do movimento sem-teto fechou a BR-290, e em Fortaleza, os manifestantes interditaram a Rodovia CE-020. Em nota, a coordenação Nacional do MTST afirmou que "os trabalhadores e os programas sociais, conquistados com muita luta, estão seriamente ameaçados pelo governo ilegítimo de Michel Temer".
Edição: Camila Rodrigues da Silva
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