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O Brasil precisa rever a maneira como trata o futebol feminino

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Futebol feminino no Brasil entrega muito mais do que recebe
Futebol feminino no Brasil entrega muito mais do que recebe - Ricardo Stuckert/CBF
A ausência de competições femininas no Brasil é a principal causa do “quase” ou

Depois do término da competição olímpica de futebol feminino, onde o Brasil ficou sem medalha, muito se falou a respeito do futuro da modalidade no país.

A CBF aproveitou o momento para lançar a ideia de acabar com a seleção permanente, a única política da entidade para a disputa dos Jogos Olímpicos no Rio.

A absoluta ausência de políticas de promoção do futebol entre mulheres acabou indignando as pessoas, ainda inebriadas pela garra mostrada no Rio. Viram no pouco incentivo à “profissionalização” de atletas pela CBF a causa para o efeito demonstrado nos Jogos.

Duas coisas devem ficar evidentes antes de qualquer coisa. A primeira delas é o  interesse do público pelo futebol feminino, mesmo entre mulheres, está condicionado aos Jogos Olímpicos. Paramos para torcer por elas a cada quatro anos.

A segunda questão é que a ausência de competições, que possam fazê-las viver do futebol no Brasil, é a principal causa do nosso “quase” entre as mulheres.

Perdemos a semifinal para um país que possui liga profissional de futebol, com calendário durante todo o ano, envolvimento dos clubes e torcidas e, fundamentalmente, com mulheres no comando.

Como o desenvolvimento do futebol entre as mulheres é um fenômeno relativamente recente na história do esporte, as treinadoras de outros país são invariavelmente formadas sob conceitos atuais. Já no Brasil, ainda vemos um treinador homem ultrapassado às orientando.

Sem uma liga decente e sem novos conceitos, continuaremos dando chutões para a Marta e a Cristiane lá na frente. E elas que se virem.

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