A oposição venezuelana realizou nesta quinta-feira (1) uma mobilização nacional com a palavra de ordem “Tomar Caracas”, com o objetivo de exercer pressão sobre o Poder Eleitoral e acelerar, a todo custo, a realização do referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro. O ato seria uma resposta à decisão do Conselho Nacional, que mudou, recentemente, a data do início da coleta de assinaturas para iniciar o processo.
Antes da manifestação, porém, o governo venezuelano realizou uma operação que apreendeu drogas, armas e materiais para a instalação de explosivos, em posse de dirigentes dos partidos da direita que convocaram as mobilizações, entre eles o MUD (Mesa de la Unidad Democrática).
Também foram desmobilizados grupos paramilitares em lugares próximos ao Palácio Miraflores. A ideia dos opositores, segundo o governo venezuelano, era desencadear atos de violência e gerar desestabilização no país, assim como ocorreu em 2002 (Golpe de Estado), em 2007 (Guarimbas) e 2011 (Guarimbas e cerco do povo venezuelano).
Confrontos
Os atos, marcados por um histórico de violência, registraram confrontos em vários pontos da cidade e em rodovias nacionais, onde grupos opositores interceptaram caravanas de organizações sociais afinadas com a Revolução Bolivariana.
No início da manhã, grupos concentrados no lado leste da cidade, na altura de Las Mercedes e do viaduto Francisco Fajardo, tentaram romper o cordão de segurança da Guarda Nacional que garantia a não interrupção do trafego na cidade de Caracas. O confronto com as forças de segurança, iniciaram o processo de dissolução da mobilização nesse ponto. O dirigente do partido Primero Justicia, Enrique Capriles Radronski, se encontrava no lugar
Além da mobilização, a MUD (Mesa de la Unidad Democrática) anunciou uma agenda para continuar exercendo pressão sobre o Poder Eleitoral. Um panelaço nesta sexta-feira (2), às 20h da noite, mobilizações no dia 7 de setembro nas sedes regionais do Conselho Nacional Eleitoral e protestos em todas as capitais dos estados do país, próximo ao 14 de setembro, data que o Conselho publicou para o início do recolhimento de assinaturas do referendo revogatório.
#RevoluçãoÉPaz
Durante o dia, os militantes da revolução bolivariana, por outro lado, também convocaram atos. Movimentos sociais, coletivos, frentes sociais, indivíduos e demais expressões do chavismo popular organizado, lotaram a principal artéria do país, no corredor que atravessa o centro da cidade, desde a praça Venezuela, até a memorável avenida Bolívar, na capital venezuelana.
Sob a palavra de ordem #RevoluçãoÉPaz, centenas de milhares de pessoas se reuniram para ratificar a vocação de paz do povo venezuelano, chamando por respeito à constitucionalidade do país, para defender os ganhos do projeto chavista e garantir a soberania nacional.
Na parte da tarde, o presidente da República Bolivariana da Venezuela, chamou uma enorme convocatória com a palavra de ordem "Vitória Popular”. Maduro reiterou que esse mês de setembro será um mês de ofensiva revolucionária para defender a paz do povo.
Edição: José Eduardo Bernardes
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