A 7ª Assembleia da Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), que reúne lideranças políticas e espirituais da etnia Guarani das regiões Sul e Sudeste do país, aprovou ontem (15) um manifesto em que reivindica demarcação de terras e elenca propostas para melhoria da educação e saúde dos indígenas. O documento será divulgado hoje (16). A assembleia está ocorrendo desde o último dia 12 na aldeia Tenondé Porã, em Parelheiros, zona sul do município de São Paulo.
“Estamos preocupados com projetos de lei (PL) e de emenda à Constituição (PEC) que estão no Congresso Nacional, como a PEC 215 (que transfere do Executivo para o Legislativo a decisão final sobre a demarcação de terras indígenas). Estamos discutindo também sobre território, educação, e demarcação de terras indígenas Guarani na faixa litorânea no Sul e no Sudeste”, disse o coordenador geral da Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), Marcos Tupã.
Entre outras demandas, a comissão reivindica saneamento básico e água tratada para as aldeias e uma política oficial, formalizada, para a criação de escolas indígenas e formação de professores no estado do Rio de Janeiro. Também pede a demarcação, reconhecimento territorial e homologação de terras indígenas como as do Rio Silveiras, em São Sebastião (SP), e do Morro dos Cavalos, em Santa Catarina (SC).
“Temos preocupação com a mudança de governo, que passemos a ter dificuldades com todas as questões que já são garantidas. Com esse cenário nacional, com o agronegócio, cada vez mais poderemos ter dificuldades, principalmente com esse o projeto em pauta, que é a PEC 215”, disse o coordenador.
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