Parabéns a todos que fizeram do Nós do Morro uma grande referência em arte
Há 30 anos, um cara chamado Guti Fraga teve a iniciativa de fazer uma agitação cultural no Morro do Vidigal. Tudo deu tão certo, que ele conseguiu juntar um verdadeiro exército de jovens, adultos e criança em prol do teatro. Eu fui um deles.
Em 1993 cheguei ao Nós do Morro e pude acompanhar de perto o trabalho daquelas pessoas. Naquela época, eles ocupavam o pátio do Colégio Estadual Almirante Tamandaré, e ali faziam um pequeno show de auditório chamado Show das Sete.
Fui parar no Vidigal através de uma festa de rua aonde fui cantar com o meu irmão. Guti estava lá e nos convidou para participar do Show das Sete. Ele foi a primeira pessoa que me convidou e me tratou como um artista. E assim como eu, tantos foram identificados e descobertos dessa maneira.
Em 1997, Guti nos faz mais um convite. Dessa vez para musicar um espetáculo chamado “Abalou um Musical Funk”. Esse espetáculo, junto com “Machadeando” e “É Proibido Brincar” foram as primeiras peças do Nós do Morro a descer para asfalto. Tenho um imenso orgulho de ter participado disso.
Quase 20 anos depois da estreia do Abalou, recebemos um novo convite para remontar o espetáculo, e claro, aceitamos na hora. Tal remontagem é parte das comemorações dos 30 anos do Nós do Morro, que vai fazer muita gente entrar em um imenso túnel do tempo cultural. Sobre a estreia do Abalou, eu aviso mais pra frente por aqui. Parabéns a todos aqueles que construíram e fizeram do Grupo de Teatro Nós do Morro tudo o que ele é: uma grande referência em arte.
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