Milhares de pessoas se reuniram, neste domingo (18), na Avenida Paulista, no Centro de São Paulo (SP), para protestar contra o governo não eleito de Michel Temer. O ato foi convocado pelas Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo.
A manifestação também teve o intuito de defender e apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que esta semana foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba (PR), apesar de o próprio MPF indicar a ausência de provas dos crimes que o acusa.
"A manifestação de hoje também defenderá os direitos trabalhistas que devem sofrer ataques logo após as eleições municipais. Estão na pauta de Temer e de aliados da Câmara e do Senado projetos que acabam com 13º salário, férias, aumentam a jornada, o tempo para a aposentadoria, limitam os investimentos púbicos e saúde e educação e acabam com o limite para a terceirização", alerta Vagner Freitas, presidente nacional da CUT.
Durante o ato, a Polícia Militar prendeu uma ambulante, que chegou a ser arrastada por policiais. Segundo informações do Mídia Ninja, a reação dos manifestantes gerou um tumulto, mas o ato teve continuidade.
Greve Geral
O próximo dia 22 de setembro está marcado na agenda dos trabalhadores como o Dia Nacional de Paralisação em preparação para a greve geral. Em todo Brasil, diversas categorias ligadas as centrais sindicais vão parar suas atividades nos postos de trabalho como forma de dizer que não aceitarão o governo não eleito de Michel Temer (PMDB) e nem a retirada dos direitos da classe trabalhadora.
O presidente da CUT Pernambuco, Carlos Veras, afirma que uma série de assembleias e reuniões estão sendo feitas por cada sindicato para preparar a greve geral. “A greve está sendo construída a partir do processo de mobilização dos trabalhadores. Temos um grande enfrentamento para fazer em relação ao que a mídia vem colocando sobre os ataques aos nossos direitos. Nas TVs e rádios, as medidas adotadas por esse governo são mostradas como se fossem boas para os trabalhadores, quando é o contrário”, reflete Veras.
Para Beatriz Cerqueira, presidenta da CUT-MG, “a greve é um instrumento importante e, nesse momento, é a melhor resposta que podemos dar. É uma forma de pressionar o Congresso Nacional para que sejam criadas condições para combater a crise econômica”, afirma.
*Com informações da Rede Brasil Atual e Brasil de Fato Pernambuco.
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