Entre os dias 7 e 18.09, centenas de atletas disputaram as Paralimpíadas Rio 2016. Para o Brasil, o saldo de medalhas foi o mais positivo na história da competição. Foram 72 pódios, sendo 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes, nos colocando na 8º posição no ranking de medalhas. Nas últimas três Paralimpíadas, o Brasil conquistou 43 (Londres 2012), 47 (Pequim 2008) e 10 (Atenas 2004) medalhas.
O principal medalhista brasileiro foi Daniel Dias. O nadador de 28 anos conquistou nove medalhas (quatro ouros, três pratas e dois bronzes), que se somam às 15 já conquistadas em Londres 2012 e Pequim 2008. O total de 24 medalhas faz de Daniel o maior medalhista da natação paralímpica brasileira. Daniel virou nadador inspirado por outra estrela das piscinas: Clodoaldo Silva. Dono de 14 medalhas paralímpicas (sendo seis de ouro), Silva decidiu se aposentar das grandes competições. Sua única medalha no Rio 2016 foi a prata no revezamento 4x100 livre, quando ele e Daniel nadaram juntos.
Outro destaque do Brasil foi a seleção masculina de Futebol de 5, que conquistou o quarto ouro paralímpico consecutivo. Desde sua estreia, em Atenas 2004, a seleção sempre acaba no topo do pódio. Destaque também para Verônica Hipólito, de 20 anos, que em sua primeira paralimpíada já conquistou a prata nos 100 metros rasos T38 (categoria das atletas com paralisia cerebral). Também no atletismo, o brasileiro Daniel Martins conquistou ouro e quebrou o recorde mundial dos 400 metros rasos T20 (para deficientes intelectuais), com o tempo de 47,22 segundos.
Pouco conhecida pelo público nacional, a bocha proporcionou algumas das cenas mais bonitas das paralimpíadas, além de dar um ouro inédito para o País, na categoria BC3, conquistado pelas atletas Evelyn de Oliveira e Evani Soares, além de Antônio Leme. Na categoria BC4, os irmãos Marcelo e Eliseu Santos levaram a prata.
Os dias de competição foram cheios de emoção e superação. Na abertura, a pira paralímpica foi acesa por Márcia Malsar, primeira atleta brasileira a conquistar ouro numa Paralimpíada, na prova de 200 metros rasos (Nova York/Mandeville 1984). Uma novidade desta paralimpíada foram as medalhas com guizos, que oferecem uma experiência sensorial para as e os atletas deficientes visuais.
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