Eleições em SP

Ministério Público pede cassação de candidatura de João Doria (PSDB-SP)

Promotor também acusa Alckmin de ter utilizado máquina pública a favor de candidato

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Promotoria afirma que governo tucano negociou cargo em troca de apoio eleitoral
Promotoria afirma que governo tucano negociou cargo em troca de apoio eleitoral - Reprodução

O Ministério Público de São Paulo ingressou com ação na Justiça Eleitoral pedindo a cassação da chapa de João Doria (PSDB), candidato à Prefeitura da capital paulista, por abuso de poder político. O pedido foi encaminhado ao Judiciário nesta segunda-feira (26).

O promotor José Carlos Bonilha também pede punição ao governador Geraldo Alckmin, do mesmo partido, acusando-o de ter utilizado a administração pública com fins eleitorais. As informações são do portal de notícias G1.

Barganha

Após o PP declarar apoio à candidatura Doria, Alckmin exonerou a então secretária de Meio Ambiente, Patrícia Iglesias, e nomeou um membro da legenda para a pasta. Quem assumiu foi Ricardo Salles, que integra o movimento Endireita Brasil e é ex-secretário particular de Alckmin.

"A nomeação ocorreu em barganha política. O PP ofertou tempo para a Coligação Acelera SP [de Doria], e, em troca, recebeu a secretaria de Estado. Isso a lei não permite porque há desvio de finalidade. Usa-se a secretaria de Estado como 'moeda' de troca", disse Bonilha.

Resposta

A campanha de Doria, por meio de sua assessoria de imprensa, diz que "ainda não foi notificada, mas que fará a defesa na certeza de que não cometeu ilegalidade".

"Os esclarecimentos que o governo estadual encaminhará serão suficientes para demonstrar a improcedência da referida ação judicial", afirmou, por sua vez, o governo estadual.

Edição: José Eduardo Bernardes

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