Nesta terça-feira (27), o presidente dos Estados Unidos (EUA), Barack Obama, designou o diplomata Jeffrey DeLaurentis para ser o primeiro embaixador do país em Cuba nos últimos 55 anos.
A nomeação é parte da reaproximação entre os dois países, que teve início em dezembro de 2014, após mais de cinco décadas de hostilidade dos EUA com o país caribenho, iniciada em 1961, em plena Guerra Fria. DeLaurentis é chefe da representação diplomática em Havana desde 2014. A embaixada foi aberta em 2015, mas a chefia do órgão em Cuba ainda aguardava a nomeação do presidente dos EUA.
Desde o começo da reaproximação entre os países, algumas medidas como o reinício dos voos regulares entre EUA e Cuba, já foram aprovados. Em março deste ano o presidente fez uma visita histórica à ilha, a primeira de um presidente estadunidense em 88 anos.
"A designação de um embaixador é um passo adiante do senso comum para uma relação mais normal e produtiva entre nossos dois países", disse Obama, em nota divulgada pela Casa Branca. A nomeação, no entanto, ainda precisa de aprovação no Senado estadunidense, que tem maioria de senadores republicanos. Basta um senador para barrar a nomeação do presidente. Alguns representantes da oposição, como Marco Rubio e Ted Cruz, ambos filhos de cubanos e contra a reaproximação com Cuba, já disseram que barrariam qualquer nome para o posto de embaixador em Havana.
Porém, segundo veículos de imprensa estadunidenses, há cada vez mais apoio tanto do partido Democrata quanto do partido Republicano à reaproximação com Cuba. O fim do embargo econômico à ilha, imposto pelos EUA desde 1960, já apontado por Obama como um de seus planos de governo, no entanto, continua distante e dependeria de uma aprovação no Congresso.
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Edição: José Eduardo Bernardes
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