Contra a retirada de direitos trabalhistas, pela democracia e pela construção de uma greve geral, cerca de 30 mil metalúrgicos cruzam os braços nesta quita-feira (29), no Paraná. A estimativa é da imprensa da Força Sindical, Central que congrega os sindicatos dos trabalhadores do ramo no estado.
A paralisação começou nas trocas de turno da madrugada de hoje e se mantém durante todo o dia. Ela ocorre em Curitiba e Região Metropolitana, Paranaguá, Cascavel, Maringá, Londrina, Guarapuava, Pato Branco e Irati, em pelo menos 14 fábricas espalhadas pelo Paraná. Na capital paranaense e na Região Metropolitana, trabalhadores da Volvo, Volkswagen, Renault, CNH, Bosch, WHB, Brafer, Aker Solutions, Trox, Perkins e Ibratec participam da mobilização.
Com o mote “Cortar Direitos Não Gera Emprego! Retomada da Economia Já!”, a ação é articulada nacionalmente e paralisa cerca de 600 mil trabalhadores. O movimento é organizado pelas Confederações, Federações e cerca de 500 Sindicatos de metalúrgicos do Brasil, ligados à Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas).
“Com essas paralisações, os trabalhadores mostram seu descontentamento com as propostas do governo que cortam direitos trabalhistas e sociais com a desculpa de que essas medidas acabarão com a crise", explica o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, Sérgio Butka.
Para o sindicalista, a retirada de direitos não é solução para os problemas econômicos, e sim a redução de juros, impostos mais baixos e fortalecimento da renda e do crédito para os trabalhadores. "Essas ações é que irão tirar o Brasil do buraco”, garante Butka.
Segundo a Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), a paralisação nacional acontece em pelo menos 15 estados do país.
Edição: Ednubia Ghisi
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