Educação

População rejeita mudanças no ensino médio propostas por Temer

Em consulta digital feita pela página do Senado, 96% são contra alterações

São Paulo |
Do total, 61.180 (96%) votaram contra as propostas. Do outro lado, 2.832 (4%) apoiam as alterações.
Do total, 61.180 (96%) votaram contra as propostas. Do outro lado, 2.832 (4%) apoiam as alterações. - Reprodução

A página do Senado na internet realiza uma consulta pública sobre as alterações no ensino médio promovidas pelo governo não eleito de Michel Temer (PMDB). Na votação digital, cerca de 96% daqueles que opinaram, se manifestaram contra o conteúdo da Medida Provisória (MP) 746 de 2016.

Até a manhã desta sexta-feira (30), 64.012 haviam opinado na pesquisa, que não vincula formalmente a posição dos parlamentares em relação à MP. Do total, 61.180 (96%) votaram contra as propostas. Do outro lado, 2.832 (4%) apoiam as alterações.

Rito

Como foi instituída por MP, a mudança no ensino médio tem até 120 dias para ser votada. Uma Comissão Especial foi constituída no Congresso, com 12 deputados e 12 senadores titulares, com igual número de suplentes. Desde sua edição, a medida já recebeu 567 emendas de parlamentares.

As mudanças, que incluem uma “especialização” em alguma área temática durante o ensino médio, foram avaliadas negativamente por alguns especialistas. Além disso, o método utilizado pelo governo – uma medida provisória – foi alvo de críticas. A MP 476 é objeto de contestação judicial que afirma não haver “urgência” em relação ao tema, requisito para a edição de medidas provisórias.

Anunciada originalmente, uma das propostas mais polêmicas, a extinção da obrigatoriedade de quatro disciplinas – filosofia, sociologia, artes e educação física -, não está na MP editada. O governo afirmou que divulgou texto equivocado do projeto. A questão, entretanto, deve retornar à mesa de discussão durante a aprovação da Base Nacional Comum Curricular.

Edição: José Eduardo Bernardes

 

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