O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou nesta quinta-feira (29) que o governo federal prepara "pacote de maldades" contra o povo brasileiro, a ser votado no Congresso após as eleições municipais, composto por medidas como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que congela o orçamento federal por 20 anos, e o Projeto de Lei (PL) 4.567/16, que flexibiliza as regras do pré-sal, privilegiando a entrada de empresas estrangeiras. Para se opor a essas medidas, segundo o deputado, é importante votar contra os deputados que apoiam o governo Temer ou que por ele são apoiados. "Quem está contra essas medidas e a favor do povo brasileiro é o PT, o Psol, o PCdoB."
"Querem vender o pré-sal para as empresas petrolíferas internacionais. Querem diminuir os investimentos em saúde, educação e assistência social. Querem desvincular as pensões e demais benefícios previdenciários do aumento do salário mínimo. Um pacote de maldade contra o povo pobre do Brasil. E vão fazer depois das eleições porque não querem perdê-las", diz Paulo Teixeira em entrevista à Rádio Brasil Atual.
"É importante alertar o eleitor para que derrote o governo e dê um sinal de que são inadmissíveis essas medidas", ressalta, listando os partidos que fazem parte da base de sustentação do governo Temer: "O PSDB, que tem o João Doria (em São Paulo) e Orlando Morando (em São Bernardo) como candidatos, apoia o Temer. O PMDB, que tem a Marta como candidata em São Paulo, apoia o Temer. O PSB, que tem Jonas Donizette como seu candidato à reeleição em Campinas, apoia o Temer. O PRB, que tem o Russomano como seu candidato em São Paulo, apoia o Temer."
Uso político da Lava Jato
Paulo Teixeira afirma que no retorno das atividades do Congresso, após o recesso branco por conta das eleições municipais, vai cobrar a presença do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que deve explicações a respeito do vazamento da Operação Lava Jato que culminou com a prisão do ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, na última segunda-feira (26). No final de semana, o ministro deu declarações antecipando a ação da Polícia Federal, em ato de campanha de candidato do PSDB em Ribeirão Preto, interior paulista.
"Ele terá que se explicar. Foi gravíssimo o que foi feito. Se utilizou de uma operação policial para fazer campanha eleitoral, demonstrando que esse governo não tem nenhum apreço à democracia. Entendemos que a permanência dele no Ministério da Justiça ficou inviável." Teixeira afirma que as declarações violam sigilo funcional e constituem crime.
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