Bancários do setor privado e do Banco do Brasil, na base do sindicato da categoria em São Paulo, decidiram encerrar a greve, em assembleia realizada na noite desta quinta-feira (6). O movimento durou 31 dias. Já os funcionários da Caixa Econômica Federal, com questões específicas, resolveram manter a paralisação. Assembleias estão sendo realizadas em todo o país, a maioria favorável ao acordo.
A proposta negociada ontem com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) inclui reajuste salarial de 8% na data-base (1º de setembro) mais abono de R$ 3.500. O vale-refeição tem correção de 10%, assim como o auxílio creche-babá, enquanto o vale-alimentação recebe aumento de 15%. Para 2017, os bancos pagarão aumento real (acima da inflação) de 1%, índice que vale para todas as verbas. A participação nos lucros ou resultados (PLR) tem reajuste de 8% este ano e aumento real também de 1% no ano que vem.
O acordo inclui abono de todos os dias parados. Mas a negociação previa que a proposta valeria para assembleias realizadas nesta quinta.
"Fizemos uma greve forte e vitoriosa. Em um ambiente de alta incerteza política e econômica e ataque aos direitos dos trabalhadores, a categoria garantiu ganho real em 2017 e para este ano manteve a valorização em itens importantes como vale-alimentação, refeição e auxilio-creche”, avaliou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, Juvandia Moreira, que integra a coordenação do Comando Nacional dos Bancários.
"Conseguimos vitórias importantes", afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto von der Osten. "E mais uma vez a Fenaban fez o triste papel de causar a greve e jogar a culpa nos trabalhadores. Os bancários e bancárias mostraram serenidade numa greve pacífica e corajosa."
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