No 17 de outubro é comemorado o Dia Nacional da Música Popular Brasileira, a MPB. A data foi criada em 2012, pela ex-presidenta Dilma Rousseff. O dia foi escolhido por ser o aniversário da primeira compositora popular brasileira: Chiquinha Gonzaga, nascida em 1847.
No entanto, o conceito de MPB, tal como conhecemos hoje, surgiu na mesma época da segunda geração da Bossa Nova, nos anos de 1960.
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Se a primeira geração da Bossa Nova contava com músicos como João Gilberto, Vinícius de Moraes e Tom Jobim; a segunda geração tinha nomes como Edu Lobo, Chico Buarque e Nara Leão, que depois participam do movimento da MPB.
As músicas desse gênero transbordam as letras e melodias da Bossa Nova. Esse é o caso de Arrastão, de Vinícius de Moraes e Edu Lobo, interpretada por Elis Regina no primeiro Festival da Música Popular Brasileira, em 1965.
"Eh! tem jangada no mar; Eh! eh! eh! Hoje tem arrastão", diz um trecho da canção.
Se a Bossa Nova nasce a partir do Samba, a MPB encara propostas mais amplas, num sentido de sofisticação musical e fidelidade à música de raiz brasileira.
O contexto de Ditadura Militar também marca esse movimento. As próprias letras da MPB tratavam de temas mais politizados do que os da Bossa Nova. Por exemplo, a música “Roda Viva”, de autoria de Chico Buarque e interpretação do cantor junto ao grupo MPB 4.
"Tem dias que a gente se sente; Como quem partiu ou morreu; A gente estancou de repente; Ou foi o mundo então que cresceu", inicia a música.
Este gênero musical é abrangente, e inclui diversas referências, como samba, rock e soul. Alguns nomes marcantes da MPB são Elis, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gal Costa, Tim Maia, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Djavan, Marisa Monte, entre outros.
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Mosaico Cultural é uma produção da Radioagência Brasil de Fato
Locução: Norma Odara
Edição de áudio: Jorge Meyer
Produção: Vivian Fernandes
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