Cerca de 200 alunos continuam ocupando o prédio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA) campus Tucuruí, município localizado na região do Carajás, sudeste do estado. O ato é uma manifestação contra a PEC 241, que prevê o congelamento por 20 anos em investimentos nos serviços públicos, entre eles a educação. A ocupação aconteceu na última segunda-feira (17).
De acordo com o diretor geral, Anderson Barbosa, o campus é aliado dos alunos nas reivindicações e informa que entre 2014 e 2016 já houve uma redução de aproximadamente 50% da verba destinada, e alerta que se aprovada a PEC 241 a situação do campus se agravaria ainda mais.
Entre as medidas que provavelmente serão adotadas, está a desativação de um dos prédios onde os alunos têm aulas práticas e a revisão de contratos de servidores terceirizados.
“Aprovado a PEC 241 uma das ações prioritárias do campus que mais vai sofrer cortes é justamente na assistência estudantil, que são recursos destinados para o pagamento de bolsas para os alunos, pagamento de meia passagem, vale moradia, bolsa atleta, bolsa de iniciação científica. Teremos que diminuir o número de alunos para a oferta de bolsas, e os alunos mais carentes serão os mais prejudicados”, completa Barbosa.
Antônio Rosbson Rodrigues de 18 anos é aluno do terceiro ano e faz parte da manifestação. Com faixas e cartazes ele conta que os alunos reivindicam que os repasses à instituição sejam mantidos e, por isso, são contra a medida que está em tramitação no Congresso Nacional.
Os alunos criaram uma pagina nas redes sociais Ocupa IFPA Tucuruí para dá visibilidade a ocupação.
IFPA de Marabá contra a PEC 241
Ainda na região sudeste do estado os servidores do IFPA, campus rural e industrial de Marabá, irão fazer uma aula pública para explicar aos cidadãos do município os impactos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016.
A aula pública é um ato de resistência contra o governo não eleito de Michel Temer e está marcado para ocorrer na sexta-feira(21) na rotatória 16 (próximo ao ginásio) no bairro Nova Marabá.
Edição: José Eduardo Bernardes
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