Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aprendeu a lição com Michel Temer
O presidente da Câmara dos Deputados, o auxiliar golpista Rodrigo Maia (DEM-RJ), aprendeu uma lição para convencer parlamentares a votar em projetos de interesse do atual governo usurpador. Ele convidou 300 parlamentares e o seu chefe, Michel Temer (PMDB), para um coquetel com o objetivo de garantir a aprovação da PEC 241 que vai congelar os gastos públicos por 20 anos e levará também a perda de conquistas sociais que afetará a maioria da população brasileira. E a estratégia surtiu efeito já que a PEC foi aprovada em segundo turno na Câmara, na noite de terça-feira (25), com 359 votos a favor e 116 contra.
Curiosamente, os moralistas de plantão silenciam totalmente em relação a algumas perguntas que a opinião pública gostaria de ser informada, como, por exemplo, quem paga o coquetel e quem pagou os dois rangos indigestos anteriores promovidos por Temer para os deputados e o que reuniu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP) e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes? Quanto custou e vai custar a mais recente tentativa de aprovar o fechamento da questão que tanto mal fará à maioria do povo brasileiro?
O que aconteceria se a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) promovesse um rango em bloco para convencer parlamentares? São perguntas que os moralistas de plantão preferem omitir porque sabem que são indagações comprometedoras aos seus próprios projetos.
No mais, o ex-deputado meliante, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) segue numa cela da Polícia Federal em Curitiba e provocando tremendo receio nas hostes governamentais caso ele decida fazer delação premiada. A imprensa diz que Cunha já contratou advogado especialista em delação premiada. Moreira Franco, Gedel Vieira, Eliseu Padilha e o próprio Michel Temer devem estar agindo nos bastidores para evitar ações do homem bomba Eduardo Cunha.
Não se exclui a possibilidade de que manobras escusas de bastidores possam até anular eventuais delações sob o argumento de que o autor não tem credibilidade. Que não tem, não tem, todo mundo sabe, mas quando serviu ao projeto golpista de aceitação do impeachment sua credibilidade não era questionada. Muito pelo contrário, recebia elogios pela sua “inteligência e domínio dos estatutos” e até elogios de alguns dos colunistas de sempre.
Mas os tempos mudaram, Cunha virou cachorro morto depois de servir com afinco ao esquema golpista. Pode agora estar se sentindo traído por políticos que ajudou com muito afinco.
Resta saber se não for impedido e se fizer mesmo a delação premiada, como a mídia conservadora vai reagir. Será que dará o mesmo destaque para outros envolvidos em denúncias de corrupção? Por enquanto, quando são citados políticos como Aécio Neves (PSDB-MG), por exemplo, ou não se noticia ou então quando a mídia conservadora o faz não dá destaque, apenas divulgando em um canto de página.
No Rio de Janeiro, depois de muito tempo fora do noticiário, o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) reaparece ao ser acusado de inúmeras falcatruas quando exercia o governo do Estado do Rio de Janeiro. Vale acompanhar o desenrolar dos acontecimentos envolvendo o PMDB fluminense, sobretudo as figuras de Cabral e da família Picciani.
Uma pergunta que não quer calar: quem esta gente apoia para Prefeito do Rio? Parte significativa do referido partido fisiológico já declarou voto para Marcelo Crivella (PRB), o candidato que garantia em alto e bom som que não aceitaria o apoio do referido, nas palavras do próprio candidato, “partido corrupto”.
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