GUERRA FRIA

Hoje na História | 28 de outubro de 1962: Fim da crise dos mísseis cubanos

União Soviética e Estados Unidos ficaram à beira de uma guerra nuclear

Brasil de Fato e Opera Mundi | São Paulo (SP) |

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A crise dos mísseis na imprensa oficial cubana
A crise dos mísseis na imprensa oficial cubana - 14ymedio

Após 13 dias de tensão, a chamada crise dos mísseis cubanos chegou ao fim no dia 28 de outubro de 1962. Ela foi considerada o momento em que a Guerra Fria chegou mais perto de tornar-se uma guerra nuclear.

Em 1961, os Estados Unidos instalaram 30 mísseis nucleares na Itália e 15 na Turquia, direcionados à União Soviética.

Confira o programa Hoje na História, da Radioagência Brasil de Fato (para baixar o arquivo, clique na seta à esquerda do botão compartilhar):

O líder soviético Nikita Khrushchov preocupado com a presença dos mísseis e, ao mesmo tempo, visando apoiar a Cuba socialista, decidiu instalar 42 mísseis nucleares na ilha caribenha, que foram detectados em seguida pelos Estados Unidos.

A resposta estadunidense foi anunciada publicamente pelo presidente John F. Kennedy no dia 22 de outubro, criando um bloqueio naval à ilha contra o envio de mais armamentos.

Khrushchov considerou o bloqueio uma agressão e anunciou que não daria ordens para que seus navios se desviassem do mesmo.

O dia 27 de outubro ficou conhecido como "sábado negro". A defesa antiaérea soviética derrubou um avião-espião estadunidense, resultando na morte do piloto Rudolf Anderson. Ao mesmo tempo, onze navios de guerra atacaram um submarino soviético em águas internacionais, sem saber que continha armamento nuclear.

Porém, na mesma manhã do 27, Khrushchov propôs, em carta a Kennedy, a retirada dos mísseis de Cuba, em troca da garantia formal e pública de que os Estados Unidos não invadissem território cubano, além da retirada das bases militares estadunidenses da Turquia.

Finalmente, após todo um dia de negociações, na madrugada do domingo 28, o presidente dos Estados Unidos e seu gabinete aceitaram a proposta soviética, colocando fim à crise dos mísseis.

Hoje na História é uma produção da Radioagência Brasil de Fato e Opera Mundi

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Ficha técnica

Locução e produção: Mauro Ramos

Sonoplastia: Jorge Mayer

 

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