O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta terça-feira (1) que adiará a prova do Exame Nacional de Educação (Enem) para 191.494 mil candidatos em todo o país por causa das ocupações de escolas que seriam locais de aplicação do exame. A prova destes alunos foi remarcada para os dias 3 e 4 dezembro.
Ao todo, 304 locais de prova estão ocupados há mais de um mês em protesto contra a Medida Provisória 746, que prevê a reforma do ensino médio, e a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55, a antiga PEC 241, que define um teto para os gastos do governo com saúde e educação.
Para os demais inscritos, o exame será realizado normalmente neste final de semana, nos dias 5 e 6 de novembro.
O MEC afirmou ainda que nenhum estudante que fará a prova posteriormente será prejudicado e que a nota da nova prova será publicada em tempo hábil para utilização dos resultados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para ingresso nas universidades federais, Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e Programa Universidade Para Todos (Prouni).
"Do ponto de vista da prova, os novos itens serão equivalentes, de modo a garantir a isonomia do exame", completou a nota da assessoria do ministério.
Os inscritos afetados pelas ocupações serão avisados pelo Inep por meio de SMS, e-mail e divulgação nos sites e redes sociais MEC e do Inep.
No dia 19 de outubro, o ministro da Educação, Mendonça Filho, informou que adiaria a prova do Enem caso os estudantes não se retirassem das instituições até esta segunda-feira (31). Os estudantes reagiram, afirmando que esta seria uma forma de "punição" e "retaliação", com objetivo de pôr fim antecipado às ocupações.
Edição: Camila Rodrigues da Silva
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