Uma igreja batista localizada na cidade de Greenville, no estado de Mississippi, foi incendiada na noite da terça-feira (1), e os dizeres "Vote em Trump" foram pichados na fachada do edifício. Ninguém ficou ferido no incidente.
A Hopewell Missionary Baptist Church, que tem mais de 110 anos e cerca de 200 membros, é frequentada predominantemente pela comunidade negra do município. "Nossos corações estão feridos, mas não sentimos raiva", disse a pastora Carolyn Hudson em uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (2).
O prefeito de Greenville, Errick Simmons, informou que o episódio está sendo investigado como um crime de ódio. Ele classificou o ato como "covarde", afirmando que foi "um ataque à comunidade negra". "Aconteceu na década de 1950. Aconteceu nos anos 1960. Não pode acontecer em 2016", disse.
A polícia local está investigando o incidente, ocorrido por volta das 21h, como "proposital". O FBI (a Agência Federal de Investigação estadunidense) afirmou estar ciente da situação.
Em nota, o comitê da campanha do candidato republicano Donald Trump condenou o ocorrido e afirmou estar "profundamente triste" por um ato "terrível, que não deveria ocorrer em nossa sociedade". Já a democrata Hillary Clinton, oponente de Trump nas eleições, postou em sua conta no Twitter que "este tipo de ódio não tem espaço na América".
The perpetrators who set the Hopewell M.B. Church in MS on fire must be brought to justice. This kind of hate has no place in America. -H
— Hillary Clinton (@HillaryClinton) 3 de novembro de 2016
O jornal The Crusader, veículo oficial do grupo supremacista Ku Klux Klan, que perseguiu e é autor de diversos ataques à comunidade negra, registrou publicamente apoio a Trump nesta terça-feira (1). As eleições presidenciais americanas acontecem na próxima terça-feira (8).
Edição: Camila Rodrigues da Silva
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