Na manhã desta sexta-feira (4), policiais civis de Mogi das Cruzes e Guararema invadiram a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema (SP). Segundo relatos de testemunhas, os policiais entraram na escola sem mandado de busca e apreensão, dispararam contra as pessoas na recepção da unidade e prenderam dois militantes. Eles afirmaram que o cerco foi feito por 10 viaturas, e os policiais não estavam identificados.
Os policiais chegaram na escola por volta das 9h25, cercaram o local e pularam a janela da recepção dando tiros para o ar, conforme registraram as câmeras de segurança. Os militantes que estavam presentes afirmaram que os estilhaços, que acertaram uma mulher, eram de balas letais e não de borracha.
A Polícia Civil de Mogi das Cruzes afirmou ter recebido uma solicitação da Polícia Civil do Paraná para ajudar a cumprir um mandado de prisão da Operação Castra na cidade de Guararema contra Margareth Barbosa de Souza, que estaria na Enff.
A palavra significa latifúndio em latim, e a operação cumpridos 14 mandados em Quedas do Iguaçu, Francisco Beltrão e Laranjeiras do Sul, no Paraná; e também em São Paulo e em Mato Grosso do Sul.
Em nota, o movimento repudiou as ações alertando que trata-se de uma tentativa de criminalizar a organização. “Lembramos que essa ação faz parte da continuidade do processo histórico de perseguição e violência que o MST vem sofrendo em vários estados e no Paraná”, diz o texto.
O MST irá realizar um ato de repúdio ao ocorrido neste sábado (5), às 15h, na própria Enff.
Acompanhe a cobertura do Brasil de Fato:
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:: Diversos movimentos populares e organizações publicam notas em solidariedade ao MST
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