Coluna

Mais uma vez Pezão propõe arrocho aos necessitados e favorece quem tem culpa

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Parlamentares devem exigir uma rigorosa investigação nas gestões do PMDB

O pacote de ajuste fiscal no Estado do Rio de Janeiro, proposto pelo Governador Luiz Fernando Pezão começará a ser discutido na Assembleia Legislativa (ALERJ) logo depois do feriado de 15 de novembro.

Não há propriamente novidade na proposta que vai afetar violentamente os servidores e pensionistas que percebem salários baixos, muitos deles aviltantes.

Pezão, e agora seu parceiro Jorge Picciani que preside a ALERJ, ambos do PMDB, estão empenhados na aprovação do projeto e chantageiam a opinião pública com a velha justificativa do “ou isso ou o caos”, também utilizada a todo o momento pelo governo golpista de Michel Temer, do PMDB.

Na verdade, o rombo no orçamento do Estado do Rio de Janeiro vem de antes, de um outro peemedebista, Sérgio Cabral, tão ou mais irresponsável que Pezão, políticos que prometem mundos e fundos durante as campanhas eleitorais e quando chegam ao governo arrocham sempre os mais necessitados.

Antes de propor qualquer coisa, os parlamentares estaduais, pelo menos os sem culpa no cartório peemedebista, devem exigir uma rigorosa investigação nas gestões de Cabral, Pezão e até do interino Dornelles, sendo que este último foi agraciado com uma ajuda emergencial para ser gerida nas Olimpíadas.

Na ocasião, mais uma vez as autoridades, tanto federais, como estaduais e municipais venderam ilusões para enganar a opinião pública.

Como quem paga a conta é o cidadão contribuinte é mais do que urgente uma rigorosa investigação sobre tudo o que foi feito.

Hoje, mesmo dois anos depois, estão saindo os podres da época da Copa do Mundo, quando também iludiram a opinião pública e o governador Sérgio Cabral favoreceu seus amigos empresários, entre os quais o tal Cavendish, que doou, com o dinheiro dos contribuintes, um anel de ouro no valor de cerca de 800 mil reais para a mulher do então governador. Foi, sem dúvida uma retribuição ao que Cabral fez para ele, mas assim é fácil retribuir.

Também precisam ser investigadas com o máximo rigor as isenções fiscais realizadas pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. Quantas empresas foram beneficiadas e quanto essas doações abalaram as finanças do Estado? Quem autorizou Pezão a fazer a concessão? Das empresas beneficiadas com a isenção quais bancaram as campanhas de Cabral e Pezão?

O que não se pode aceitar é que a conta seja paga pelos setores que foram iludidos com promessas segundo as quais tudo ia melhorar com os royalties do petróleo e até com as Olimpíadas.

Uma pergunta que não quer calar: quando os royalties rendiam para os cofres do Estado, o que fizeram Cabral e Pezão com os valores arrecadados?

Há desconfiança justificada de que o dinheiro evaporou-se e em vez de ser usado para favorecer a comunidade, os de sempre foram os grandes beneficiados.

Tem razão de ser a desconfiança, inclusive pelo fato de os governantes de hoje serem o prolongamento dos de ontem. Ou será que ainda há dúvidas de que Pezão, Cabral, Dornelles, Picciani e o próprio Temer sejam farinha podre do mesmo saco peemedebista?

O que não tem sentido nenhum, como faz também o governo golpista federal, é arrochar os mais pobres e deixar gozando privilégios os setores responsáveis pelos gastos. É, sem dúvida, uma situação trágica. Não há a quem apelar. A única forma é os prejudicados não aceitarem a lavagem cerebral que diariamente a mídia conservadora realiza de forma criminosa ao procurar fazer cabeças em favor do capital financeiro. Além disso, os prejudicados tomarem consciência, se mobilizarem e reagirem como puderem.

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