“Matam apenas a mim. Voltarei e serei milhões.” Essa é a frase que marca a luta do revolucionário boliviano Tupac Katari, que atuou na libertação de seu país do domínio espanhol no século XVIII.
Nascido Julián Apasa Nina, o líder das rebeliões indígenas da Bolívia contra o Império Espanhol morreu aos 31 anos, esquartejado pelos colonizadores, no dia 15 de novembro de 1781. Membro da nação aymara, Apasa assumiu o nome de Tupac Katari para homenagear dois líderes rebeldes do povo andino: Tupac Amaru II e Tomás Katari.
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Em seu tempo, ele levantou um exército de 40 mil homens e mulheres, e estabeleceu um cerco à cidade de La Paz, em 1781. Sua luta era contra a exploração, os desmandos e os maus tratos impostos aos povos originários pelos colonizadores espanhóis.
Katari e sua companheira, Bartolina Sisa, se estabeleceram na cidade de El Alto, vizinha a La Paz. Sisa foi a comandante do cerco ao local, desempenhando um papel fundamental nesta luta. Apesar da valentia, o levante foi derrotado após uma batalha contra as tropas coloniais que chegaram de Lima, no Peru, e de Buenos Aires, na Argentina.
Tupac Katari foi torturado e barbaramente executado. Sua morte ocorreu após os colonizadores amarrarem seus braços e pernas por cordas em cavalos, que correram em quatro direções.
Tupac Katari e Bartolina Sisa são lembrados como heróis pelos atuais movimentos indígenas na Bolívia e no Peru.
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Hoje na História é uma produção da Radioagência Brasil de Fato e do Opera Mundi.
Locução e produção: Vivian Fernandes
Sonoplastia: Jorge Mayer
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