No mês da consciência negra jovens realizam projeto fotográfico que homenageia e resgata negros e negras da história do Brasil. O projeto intitulado “Negros e negras palosos da história – denegrindo nossa história” foi organizado por jovens estudantes e trabalhadores do Levante Popular da Juventude, em Salvador, e conta com 20 fotos de personalidades negras, as quais chamaram de “negros e negras palosos da história”, que marcaram e marcam o país na literatura, na música, na política ou onde quer que tenham atuado ou atuam.
Foi realizado na semana do 20 de novembro – dia da consciência negra, data que surge como uma proposta do movimento negro brasileiro na década de 70. Data em que Zumbi foi assassinado, viesse em contraposição ao 13 de maio – dia em que foi assinada a abolição da escravidão numa perspectiva de omitir a luta e resistência do povo negro, sendo colocada como obra de uma bondosa Princesa.
O projeto foi idealizado e realizado coletivamente, onde todo o ensaio foi feito com a colaboração dos jovens, tanto no figurino, maquiagem e na escolha dos homenageados. Assim, no ensaio temos nomes como o militante Carlos Marighella, a cantora Elza Soares, a escritora Carolina Maria de Jesus, o cantor Cartola, Zumbi e Dandara dos Palmares, dentre outros.
“Negros e Negras palosos da História — Denegrindo a nossa história” é um projeto simples no seu planejamento e na sua execução, mas tem um significado enorme. Denegrir significa “tornar negro” e é uma palavra que sempre foi usada de forma pejorativa. Com isso, ressignificar a história e a tornar negra, combater o racismo, que causa a morte da população negra de diversas formas, seja através da eliminação física, da cultura, de da religião, etc., e ainda, inspiradas e inspirados na resistência e luta do povo, se organizar em torno de um projeto de sociedade, no qual toda a classe trabalhadora possa ser protagonista de suas próprias vidas e histórias.
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